Ministra diz que espera excessiva para cirurgias oncológicas está resolvida
8 de ago. de 2024, 20:18
— Lusa/AO Online
No
final de uma visita ao hospital de Santa Maria, em Lisboa, na qual
acompanhou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o
primeiro-ministro, Luís Montenegro, a ministra da Saúde, Ana Paula
Martins, referiu que a 30 de abril a lista de espera era de 9.374
doentes oncológicos e que foram operados em quatro meses cerca de 20 mil
doentes.“Em quatro meses. Como não estar
grata aos nossos profissionais de saúde?”, salientou a ministra,
acrescentando que mais de 99% das cirurgias foram realizadas no Serviço
Nacional de Saúde (SNS).A ministra
sublinhou que foi “conseguido pela primeira vez” eliminar a lista de
espera para doentes oncológicos que aguardavam cirurgia acima do tempo
recomendado no Hospital de Santa Maria.No
Hospital de Santa Maria, exemplificou, todos os doentes com cancro acima
do tempo máximo de resposta garantida “estão ou operados ou agendados”.O
programa OncoStop, que prevê a regularização das listas de espera para
cirurgia oncológica, é uma das medidas urgentes do Plano de Emergência e
Transformação na Saúde, que integra 54 medidas - urgentes, prioritárias
e estruturantes -, com o objetivo de garantir o acesso a cuidados de
saúde ajustados às necessidades da população.O
cumprimento das medidas de emergência foi notícia nos últimos dias,
apontando-se a baixa execução do plano de emergência, mas hoje a
ministra rejeitou críticas, dizendo que as medidas “estão no terreno”.“Só por desconhecimento e má-fé podem dizer que não estão a ser implementadas no tempo previsto”, disse Ana Paula Martins.Sobre
a linha dedicada para grávidas no SNS24, “outro exemplo de sucesso”, a
ministra da Saúde disse que já foram atendidas mais de 19 mil mulheres
grávidas, desde 01 de junho.“Há um ano estas 19 mil mulheres andavam de maternidade em maternidade à procura de uma porta aberta”, disse.Ana
Paula Martins reconheceu que há “grandes desafios” mas disse estar
convencida de que com o apoio das equipas técnicas a questão dos
encerramentos de urgências não acontecerá no próximo verão. “Não
viemos aqui hoje dizer que o trabalho está concluído, bem pelo
contrário. Mas que estamos a cumprir e vamos continuar”, acrescentou a
ministra, lembrando que foram assinados “centenas de contratos” para
requalificação de centros de saúde e hospitais (cerca de 500 em todo o
país). “Há gravíssimos problemas por resolver, já resolvemos algumas situações graves (…) deem-nos tempo para fazermos o resto”, pediu.O
presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santa Maria,
Carlos Martins, disse na mesma altura que concluído o processo das novas
instalações da urgência de obstetrícia e ginecologia e da maternidade
Luís Mendes da Graça, nos “finais de setembro”, o hospital espera fazer
3.000 partos em 2025.Lembrando a abertura a
01 de agosto do primeiro Centro de Atendimento Clínico em Sete Rios,
Lisboa, o responsável disse que a média de tempo de espera dos 256
atendimentos dos primeiros sete dias foi de 10 minutos.Carlos
Martins disse também que o Hospital planeia ter 110 novas vinculações
em 30 especialidades até final do ano, tendo hoje mesmo assinado 10
contratos com jovens médicos.