Ministra da Saúde diz que indicadores "mantêm-se encorajadores"
16 de mai. de 2020, 14:40
— LUSA/AO online
"Neste momento, os sinais que vemos mantêm-se
encorajadores", considerou hoje a governante, falando na conferência de
imprensa diária de acompanhamento da pandemia da covid-19.A
governante deixou aos portugueses uma "palavra de confiança e
simultaneamente de prudência", garantindo que "todos os dias" são
avaliadas as consequências das decisões do executivo.Marta Temido acrescentou que, nos últimos cinco dias, o número médio diário de novos casos é de 200 e o de óbitos de 12.O
número de testes à doença, prosseguiu a ministra, "tem continuado a
crescer, tendo sido realizados mais de 15.800 testes" diários, em média,
ao longo dos últimos cinco dias."Deixámos
os tempos em que a incidência atingiu o seu expoente máximo (...)
Felizmente, é uma etapa que ultrapassámos", concretizou Marta Temido,
mesmo reconhecendo que ainda não se pode "observar a totalidade das
decisões" tomadas pelo executivo, nomeadamente ao nível das fases de
desconfinamento.Os objetivos de
confinamento foram "genericamente cumpridos", ao nível, por exemplo, da
desaceleração da transmissão da infeção e da salvaguarda da capacidade
do sistema de Saúde."Mas, como todos
sabemos, individualmente e coletivamente, as medidas têm o seu ponto de
saturação e o confinamento também tem efeitos adversos, e todos
aprendemos isso. Desconfinar gradualmente é importante para continuar a
proteger as pessoas, essa é mesmo a melhor estratégia", concretizou.O
impacto da pandemia na economia e na sociedade pode ter "consequências
muito sérias", admitiu ainda a governante, dando exemplos no que refere
às "desigualdades em saúde" e à saúde mental dos cidadãos.Portugal
regista hoje 1.203 mortes relacionadas com a covid-19, mais 13 do que
na sexta-feira, e 28.810 infetados, mais 227, segundo o boletim
epidemiológico divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde.Em comparação com os dados de sexta-feira, em que se registavam 1.190 mortos, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 1%.Relativamente
ao número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus
(28.810), os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) revelam que há
mais 227 casos do que na sexta-feira (28.583), representando uma subida
de 0,8%.Portugal entrou no dia 03 de maio
em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos
consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.Esta
nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para
pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento
domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes
públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos
comerciais.O Governo aprovou na
sexta-feira novas medidas que entram em vigor na segunda-feira, entre as
quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a
reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a
reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus,
monumentos e palácios. O regresso das cerimónias religiosas comunitárias
está previsto para 30 de maio e a abertura das praias para 06 de junho.