Ministra da Saúde apela à união dos portugueses para garantir resposta do SNS
Covid-19
24 de nov. de 2020, 14:52
— Lusa/AO Online
“Um apelo muito sentido.
Que os portugueses unam os seus esforços ao dos profissionais de saúde.
Não nos deixem sozinhos porque só juntos vamos conseguir vencer esta
pandemia e suportar estes dias difíceis e de dificuldades para todos”,
afirmou a ministra da Saúde.O apelo de
Marta Temido foi feito esta manhã, em Lisboa, durante a cerimónia de
lançamento da primeira pedra das obras de construção das Unidades de
Saúde Familiar (USF) do Beato, Ajuda e Belém, que contou também com a
presença do presidente da Câmara Municipal, Fernando Medina.Questionada
pelos jornalistas sobre a capacidade do Serviço Nacional de Saúde para
fazer face ao crescimento do número de casos da Covid-19, nomeadamente
de camas nas Unidades de Cuidados Intensivos, a governante insistiu na
mobilização de toda a população.“O SNS
trabalha todos os dias para dar resposta a todos os doentes, mas neste
momento, como em nenhum outro, precisamos que toda a população se
empenhe em quebrar cadeias de transmissão. Nós estamos a fazer a nossa
parte o melhor possível, tentando manter os nossos profissionais com
ânimo, com coragem, com respostas, mas precisamos da ajuda de todos”,
observou. Ainda a respeito da capacidade
de resposta do SNS, Marta Temido ressalvou que os hospitais funcionam
em rede e que existem outras regiões com capacidade para ajudar aquelas
onde existe maior saturação de meios.A
ministra da saúde perspetivou, igualmente, que o pico da pandemia possa
ocorrer ao longo da próxima semana na zona Norte e posteriormente
noutras partes do país.“O país não é todo
igual. Quando falamos de pico ele terá, normalmente, face àquilo que é a
evolução da pandemia realidades distintas em distintas regiões e isso
deve-nos fazer reforçar as precauções”, atestou.Por
outro lado, a ministra da Saúde referiu que o Governo ainda está a
trabalhar no planeamento da distribuição da nova vacina para a Covid-19,
cuja chegada a Portugal está prevista para janeiro.“Neste
momento estamos a desenvolver um plano que tem quatro dimensões. A
primeira é os grupos alvo, a segunda a componente logística, a terceira o
acompanhamento da administração das vacinas e a quarta a componente da
comunicação”, especificou, ressalvando que Portugal está em linha com
aquilo que os outros países estão a fazer.A
construção das unidades de Saúde do Beato, Ajuda e Belém insere-se num
programa que prevê a edificação e renovação de 14 centros de Saúde na
cidade de Lisboa.A USF do Beato,
localizada na zona oriental da capital, vai servir 15.200 utentes e
representa um investimento de 2,1 milhões de euros, prevendo-se a sua
abertura no início do ano de 2022.Já a USF da Ajuda deverá abrir portas em outubro de 2021 para servir 11.400 pessoas, num investimento de 2,2 milhões de euros.Também
em outubro de 2021 deverá abrir a USF de Belém para servir 15.200,
representando um investimento de cerca de três milhões de euros.