Ministra da Agricultura sublinha empenho de Portugal numa PAC sem cortes

31 de jan. de 2020, 11:05 — Lusa/AO Online

Em declarações à Lusa em Esposende, distrito de Braga, à margem do Encontro Nacional de Técnicos da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e de Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI), a ministra referiu que espera que os níveis da PAC se mantenham, para dar continuidade a um conjunto de políticas que têm resultado.“Temos defendido, no âmbito do quadro financeiro plurianual, que não haja cortes e que se mantenham os níveis de apoio para a PAC. Temos essa expectativa e vamos continuar a lutar para que isso possa acontecer”, referiu.No início do Encontro Nacional de Técnicos, secretário-geral da CONFAGRI, Francisco Silva, sublinhou a necessidade de o Governo “negociar bem” a reforma da PAC, para “garantir os apoios” necessários para a agricultura portuguesa.Maria do Céu Albuquerque garantiu que, na mesa das negociações, o Governo tem também defendido que não haja diminuição das verbas para o Programa de Opções Específicas para o Afastamento e a Insularidade nas Regiões Ultraperiféricas (POSEI) nem para o setor.“O que queremos é dar continuidade a um conjunto de políticas que têm resultado, nomeadamente no setor vitivinícola”, referiu, vincando o 9.º lugar que Portugal ocupa no 'ranking' mundial em termos de exportação de vinhos.A ministra alertou que o novo ciclo será “muito exigente”, alocando 40 por cento dos montantes afetos à PAC aos pilares do ambiente e clima.O grande desafio, assinalou, é que a agricultura ganhe competitividade e simultaneamente contribua para a mitigação das alterações climáticas.“Para isso, precisamos de desenvolvimento tecnológico, de inovação, de nos sentirmos todos convocados”, disse ainda.De resto, Maria do Céu Albuquerque disse que a agricultura em Portugal é um setor que já demonstra “grande vitalidade”, com um crescimento sustentável que “importa ser valorizado”.Lembrou que é um dos setores que mais tem crescido em Portugal, designadamente em termos de exportações, defendendo que esse é um caminho que tem de continuar a ser feito.