Ministra da Agricultura assegura abastecimento de cereais sem ruturas
7 de jun. de 2022, 12:28
— Lusa/AO Online
“Neste momento, e
atendendo ao material que está em ‘stock’, aos navios que estão a chegar
e aos contratos que estão firmados, não se antevê que haja rutura no
fornecimento de cereais em Portugal”, disse a ministra, em declarações
hoje aos jornalistas, à margem do 8.º Congresso da Indústria Portuguesa
Agroalimentar, organizado em Lisboa pela Federação das Indústrias
Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA).A
Ucrânia, há mais de três meses alvo de um conflito armado lançado pela
Rússia, era responsável por 40% do milho comprado por Portugal, lembrou a
ministra, reforçando que os importadores nacionais, para evitar
comprometer o abastecimento nacional, encontraram mercados alternativos,
na América do Norte, na América do Sul e África do Sul, e que o trigo é
comprado maioritariamente a França. A
ministra falou ainda sobre o observatório de preços, um projeto que o
Governo anunciou em maio querer criar, afirmando a intenção de ser
lançado “o mais rapidamente possível” e precisando que, neste momento,
está em curso o processo de contratação da empresa responsável por fazer
o levantamento de preços.O objetivo,
lembrou a governante, é o “de, forma transparente, poder mostrar que há
uma distribuição justa daquilo que são os rendimentos e os preços desde a
produção primária, passando pela transformação e depois até ao
consumidor”.No seu discurso, no encontro
organizado pela FIPA, a ministra recordou que, numa primeira fase, o
observatório arranca com um projeto-piloto com um conjunto de produtos
que correspondem a um cabaz alimentar de uma família, mas que
“rapidamente” o Governo quer que se alargue a todo o complexo
agroalimentar. “O objetivo é, numa fase
futura, o produto que seja sustentável ao longo de toda a fileira tenha
uma marca, uma chancela, para que quem chega à prateleira do
supermercado possa saber verdadeiramente que, ao comprar aquele produto
(…), foi justo para todos os elementos da cadeia, não deixou ninguém
para trás e contribuiu para o desenvolvimento sustentável do país”,
concluiu Maria do Céu Antunes.