Ministra anuncia contratação de 570 novos oficiais de justiça
12 de ago. de 2024, 17:56
— Lusa/AO Online
Na intervenção
de inauguração da XXV Feira de Artesanato e Gastronomia de Pampilhosa da
Serra, a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, anuncia a
autorização do Ministério das Finanças para o processo de contratação de
funcionários judiciais “sem os quais nenhum Tribunal consegue
funcionar”.Questionado pela Lusa, o
gabinete da ministra esclareceu que ainda será preciso esperar pelo
despacho do Ministério das Finanças para saber quando será possível
lançar o concurso externo para entrada na administração pública de 570
novos oficiais de justiça e adiantou que o Ministério da Justiça “está a
estudar a melhor forma” para lançar o concurso, para garantir a sua
eficiência e uma distribuição de vagas pelas regiões do país onde a
falta destes profissionais é mais sentida.Isto,
porque a tutela quer evitar que as vagas abertas possam ficar desertas
por falta de candidatos ou por não aceitação do lugar, algo que tem
acontecido em concursos recentes, sobretudo porque a posição
remuneratória de entrada na carreira não permite fazer face a despesas
como uma renda de casa em zonas como Lisboa e a sua área metropolitana.Ainda
questionado pela Lusa, o gabinete da ministra da Justiça referiu que
“para já não está previsto” qualquer incentivo para fixação de
profissionais nas zonas mais pressionadas e com um custo de vida mais
elevado.Sobre a carreira dos funcionários
judiciais, a ministra refere na sua intervenção de hoje na Pampilhosa da
Serra o processo de revisão do Estatuto dos Funcionários Judiciais,
sobre o qual diz contar “ter boas notícias nos próximos meses”.Rita
Alarcão Júdice anuncia ainda a instalação “em todos os tribunais do
país [de] novos equipamentos de videoconferência, novos sistemas de
áudio e novos telefones, que vão permitir maior capacidade nas
comunicações”, os quais são financiados pelo Programa de Recuperação e
Resiliência (PRR), têm os concursos de fornecimento concluído e o visto
do Tribunal de Contas concedido.A
expectativa, segundo a ministra, é a de que “a partir de setembro e até
ao final do ano, estas infraestruturas estejam ao serviço da Justiça”.Sobre
o processo de consulta pública da Agenda Anticorrupção, que hoje
termina, a ministra da Justiça adianta que foram recebidos mais de 20
contributos, “sobretudo de cidadãos, advogados, juristas e associações”,
a que se somam contributos na imprensa, rádios e televisões.“De
tudo tomamos nota, porque o combate à corrupção deve ser uma luta de
cada cidadão. Queremos reformar a Justiça”, diz a ministra Rita Alarcão
Júdice.