Ministério volta a reunir com sindicatos para discutir apoio a professores deslocados
9 de set. de 2024, 11:00
— Lusa/AO Online
Depois de uma
primeira reunião a 30 de agosto, vai estar novamente em cima da mesa a
criação de um apoio à deslocação destinado aos educadores de infância e
aos professores dos ensinos básico e secundário, que fiquem colocados em
escolas consideradas carenciadas, situadas nas zonas da Grande de
Lisboa, Alentejo e Algarve, onde há maior falta de professores.A
primeira proposta da tutela prevê a atribuição de uma verba - entre os
75 e os 300 euros mensais - aos professores colocados em escolas a mais
de 70 quilómetros de casa e onde há alunos que ficaram mais de 60 dias
sem aulas.No final da reunião, o ministro
Fernando Alexandre prometeu reavaliar o documento tendo em conta as
sugestões dos sindicatos representativos da classe docente, que
consideram que a medida cria novas desigualdades.Além
do apoio à deslocação, a reunião de hoje servirá para discutir também
os termos do concurso externo extraordinário de seleção e de
recrutamento do pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos
básico e secundário, a realizar ainda este ano letivo de 2024-2025.Anunciado
em 22 de agosto, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro
afirmou, na altura, que as necessidades ainda estavam a ser
identificadas, mas adiantou que as vagas serão disponibilizadas para as
disciplinas e escolas com maior carência de professores, nas regiões de
Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.O
novo concursos procura resolver as falhas identificadas no concurso de
vinculação extraordinário realizado pelo anterior executivo, que deixou
3.000 horários sem professor atribuído, 19.000 professores sem colocação
e 1.600 professores sem horário.As duas
medidas complementam o plano “+ Aulas + Sucesso”, apresentado em junho,
para atrair professores para as escolas. Um dos objetivos do plano é
chegar a dezembro com uma redução de 90% de alunos sem aulas, em relação
aos valores registados no ano passado.Entretanto,
o ministro já reconheceu que o novo ano letivo vai arrancar com
"milhares de alunos sem aulas", sublinhando que se trata de uma "falha
grave" da escola pública que o Governo quer resolver até ao final da
legislatura, mantendo, no entanto, a mesma meta.Na
sexta-feira, o ministro adiantou que os termos em que será aplicado o
subsídio à deslocação dos professores serão conhecidos esta semana, bem
como os termos do concurso extraordinário para as escolas em que há
alunos sem professores.