Ministério Público pede pena de prisão para Rui Pinto
4 de jan. de 2023, 12:08
— Lusa/AO Online
Nas
alegações finais do processo Football Leaks, que começou a 04 de
setembro de 2020, Marta Viegas, procuradora do Ministério Púbico (MP),
considerou que o único crime não provado foi o de sabotagem informática à
SAD do Sporting.No entender do MP, os
acessos ilegítimos de Rui Pinto a contas de email de trabalhadores do
Sporting, entre os quais Bruno de Carvalho, ex-presidente, e Jorge
Jesus, antigo treinador da equipa de futebol, “não foram o motivo da
queda do sistema, que já se encontrava em baixo”.“A
ação do arguido não teve então o efeito expresso na acusação“, referiu
Marta Viegas, entendo que, por esse motivo, não se verificou o crime de
sabotagem informática à SAD do Sporting, tal como estava indicado na
acusação.Marta Viegas considerou também
provado que o outro arguido do processo, o advogado Aníbal Pinto, deve
ser condenado pelo crime de extorsão na forma tentada, pelo qual está
acusado.Rui Pinto de 34 anos, responde
por um total de 90 crimes: 68 de acesso indevido, 14 de violação de
correspondência, seis de acesso ilegítimo, visando entidades como o
Sporting, a Doyen, a sociedade de advogados PLMJ, a Federação Portuguesa
de Futebol (FPF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR), e ainda por
sabotagem informática à SAD do Sporting e por extorsão, na forma
tentada. Este último crime diz respeito à Doyen e foi o que levou também
à pronúncia do advogado Aníbal Pinto.