Ministério Público confirma junção dos processos dos ‘vouchers’ e dos ‘emails’ do Benfica
24 de jan. de 2018, 15:35
— Lusa/AO online
Questionada
pela Lusa, fonte oficial confirmou que os inquéritos foram apensados,
reiterando que as investigações se encontram em segredo de justiça.Na
sua edição de hoje, a revista Sábado deu conta da concentração dos
casos num só processo, pela existência de “matéria e personagens
coincidentes a ambas as investigações”.Em
outubro de 2017, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL)
confirmou a investigação a um suspeito pelos crimes de corrupção passiva
e ativa, por parte da nona secção do Departamento de Investigação e
Ação Penal (DIAP) de Lisboa, no referido caso dos emails do Benfica.Esta
investigação levou, em 19 de outubro último, a buscas nas instalações
do Benfica, na sequência de denuncias do diretor de comunicação do FC
Porto, Francisco J. Marques, que acusou os ‘encarnados’ de influenciarem
o setor da arbitragem e apresentou alegadas mensagens de correio
eletrónico de responsáveis ‘encarnados’, nomeadamente de Paulo Gonçalves
e Luís Filipe Vieira.Entre
outras situações, o responsável dos ‘dragões’ revelou também a alegada
partilha de mensagens de telemóvel do atual presidente da Federação
Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, na altura em que presidiu à
Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), entre o diretor de
conteúdos da BTV, Pedro Guerra, e o ex-presidente da Assembleia-Geral da
LPFP Carlos Deus Pereira.Já
o caso dos ‘vouchers’ decorre de declarações do presidente do Sporting,
Bruno de Carvalho, em 05 de outubro de 2015, num programa televisivo da
TVI, sobre ofertas do Benfica a equipas de arbitragem em todos os jogos
que poderiam atingir um valor global por época a rondar os 250 mil
euros. Posteriormente,
em 27 de janeiro de 2017, no âmbito da justiça desportiva, a Comissão
de Instrutores (CI) da LPFP decidiu arquivar este processo.Mais
uma vez de acordo com a revista Sábado, a Unidade Nacional contra a
Corrupção da Polícia Judiciária (UNCC) já entregou o relatório final da
investigação ao caso dos ‘vouchers’ ao MP.