Ministério da Educação e Fenprof reúnem-se para fazer balanço do 1.º período
22 de dez. de 2020, 14:05
— Lusa/AO Online
Em comunicado,
a Fenprof indica que a reunião foi convocada pela secretária de Estado
da Educação, Inês Ramires, mas na agenda estará apenas um ponto: o
balanço do 1.º período, que terminou na sexta-feira, depois de três
meses de aulas presenciais em plena pandemia da covid-19.Os
representantes dos professores enviaram, no entanto, um pedido à
secretária de Estado para incluir questões concretas como a organização
dos horários dos docentes, a falta de profissionais e a situação dos
docentes de grupos de risco.Além destes
temas, quer também incluir nos temas em cima da mesa a divulgação das
escolas com casos de covid-19 e dos procedimentos adotados, os programas
da Escola Digital e da remoção de amianto, e o desenvolvimento do ano
letivo em geral. “A Fenprof propôs ainda
que, para além do balanço do 1.º período letivo, seja abordado o
desenvolvimento do ano letivo em curso, não apenas no que respeita às
questões relacionadas com segurança e saúde no trabalho, mas, também,
aspetos relacionados com as condições de trabalho nas escolas e outros
que decorrem da Lei do Orçamento do Estado para 2021”, lê-se no
comunicado.A reunião com a tutela, que vai
acontecer a 07 de janeiro, já depois do início do 2.º período letivo, é
agora convocada após vários meses em que a estrutura sindical insistiu
para um encontro, incluindo com a entrega de quatro propostas em outubro
que, legalmente, deveriam dar início a quatro processos negociais.Os
pedidos sem resposta culminaram numa greve nacional, a 11 de dezembro,
com o objetivo, segundo a Fenprof, de expor o bloqueio negocial imposto
pelo Ministério da Educação.“Foi
necessário ter chegado à greve para o ministério marcar a reunião há
muito reclamada pela Fenprof”, recordam, admitindo esperar que o
encontro represente “o retomar de um diálogo consequente, dando lugar
aos processos negociais indispensáveis para dar resposta, resolvendo, os
problemas que afetam as escolas e os seus profissionais”.