Ministério da Educação ausculta comunidade escolar para decidir 3.º periodo
Covid-19
7 de abr. de 2020, 09:54
— Lusa/AO Online
Da
parte da manhã, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues,
acompanha o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na reunião
que decorre na sede do Infarmed relativa à situação epidemiológica da
covid-19 em Portugal, na qual participam também, da área da educação,
representantes do Conselho Nacional de Educação e do Conselho de
Escolas, dois órgãos consultivos do Ministério da Educação, adiantou a
tutela numa nota. À tarde, Brandão
Rodrigues ausculta por videoconferência estes dois órgãos consultivos,
assim como as duas associações representativas dos diretores escolares, a
Associação Nacional de Diretores Escolares (ANDE) e a Associação
Nacional de Dirigentes de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), a
Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), a Associação dos
Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) e a
Associação Nacional das Escolas Profissionais (ANESPO).Para
a maioria dos alunos do ensino básico e secundário, o terceiro período
começa na próxima segunda-feira e o Governo avalia na quinta-feira de
vai manter as com aulas à distância, tal como aconteceu nas duas últimas
semanas antes das férias da Páscoa.Desde 16 de março que todas as escolas, desde creches a universidades e institutos politécnicos, estão encerradas.O Governo
decidiu que as aulas continuavam, mas seriam feitas à distância para
os cerca de dois milhões de alunos que estavam em casa, como forma de
conter a disseminação do novo coronavírus que já infetou mais de 11 mil
pessoas em Portugal.Nas duas semanas antes
das férias, a maioria dos professores do ensino básico e
secundário aventurou-se a dar aulas recorrendo a plataformas de
‘e-learning’ ou enviando trabalhos por ‘email’.Mas
foi também nessas semanas que o país voltou a olhar para os alunos mais
desfavorecidos: estima-se que cerca de 50 mil estudantes não têm
Internet nem equipamentos para conseguir acompanhar as aulas a partir de
casa.O Ministério da Educação fez
entretanto uma parceria com a RTP para começar a transmitir no 3.º
período conteúdos programáticos dirigidos aos alunos do 1.º ao 9.º ano
de escolaridade, sendo desconhecidos os contornos da iniciativa.No entanto, existem outros problemas por resolver e é também por isso que serão ouvidos os parceiros do ME.A
tutela tem de decidir se mantém as provas de aferição dos 2.º, 5.º e
8.º anos assim como se se vão realizar os exames nacionais do 9.º ano e
os exames do 11.º e 12.ºanos, que servem de acesso ao ensino superior.
Depois é preciso decidir até quando se deverá manter o ensino à
distância e de que forma será feita a avaliação neste terceiro período.
Em declarações à Lusa os presidentes das duas associações de diretores
escolares - Manuel Pereira (ANDE) e Filinto Lima (ANDAEP) - entendem que
não se devem copiar soluções aplicadas lá fora, porque se trata de
realidades escolares diferentes.