Mineiros abriram 1,5 metros de galeria para chegar à criança que caiu num poço
25 de jan. de 2019, 11:43
— Lusa/AO Online
A
galeria começou a ser escavada à mão por mineiros, na quinta-feira, a
partir do túnel aberto pelas autoridades, paralelo ao buraco profundo e
estreito onde a criança caiu. As
complexas características do terreno tornaram necessárias já duas
pequenas explosões controladas, que exigiram a intervenção da Guarda
Civil, conforme relatou a subdelegação do Governo em Málaga.Os
mineiros deslocados das Astúrias que perfuram o subsolo conseguiram,
após as primeiras horas de trabalho, escavar um metro de comprimento dos
quatro que se estimam serem necessários para chegar ao local onde
estará a criança.Os membros da equipa também expandiram o diâmetro da cavidade aberta e escoraram o espaço.A
brigada mineira, que começou a trabalhar na galeria na quinta-feira, às
17h33 locais (16h33 em Lisboa, menos uma nos Açores), estimou inicialmente em 24 horas o
tempo necessário para escavar a galeria manualmente.Trata-se
de uma operação muito complexa e trabalhosa porque os mineiros têm de
subir e descer dois a dois, numa cápsula própria, pelo túnel aberto com
maquinaria pesada.As
características do terreno, de extrema dureza, dificultaram o trabalho
de perfuração de um túnel vertical de 60 metros paralelo àquele em que o
menino caiu, o que atrasou a entrada em ação desta brigada mineira para
escavar a galeria de acesso ao local onde a criança estará.Até
depois das 02h30 (01h30 em Lisboa, menos uma nos Açores) permanecia no local um pequeno grupo
de pessoas que participaram numa vigília de apoio à criança (Julen) e
sua família, na qual num primeiro momento estiveram também os pais do
menino, José Roselló e Victoria García.