Militares também querem descongelamento de carreiras e negociar com o Governo
21 de nov. de 2017, 12:40
— Lusa/AO online
Em
comunicado, a APM- Associações Profissionais de Militares, a ANS -
Associação Nacional de Sargentos, AOFA - Associação dos Oficiais das
Forças Armadas e AP - Associação de Praças, que estiveram reunidas na
segunda-feira na sequência das notícias acerca do descongelamento das
carreiras na Administração Pública, destacam que querem ver as suas
carreiras descongeladas.“A
verdade é que ninguém da área da governação afirmou objetivamente, até
ao momento, que o tempo de serviço congelado também contará para os
militares, para a contagem de ‘escalões’ – posições remuneratórias - e
que, assim como está a realizar-se muito justamente com os professores,
também para os militares o tempo, o calendário e o modo de recuperação
das posições remuneratórias já vencidas serão objeto de recomposição da
carreira, de modo a recuperar o tempo perdido”, lê-se na nota.No
comunicado é ainda referido que as associações também tiveram
conhecimento que, na próxima sexta-feira, vai decorrer uma reunião entre
o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e as estruturas
sindicais da PSP e, por isso, exigem, no quadro da sua lei própria,
“participar num processo de negociação para debater o problema”.As
associações pedem também que “sejam tomadas decisões” de forma clara e
inequívoca, “sem ambiguidades e sem possibilidade de interpretações
úteis, dúbias e paralisantes também para os militares”.“É
público o compromisso que foi assumido com os professores, que
acordaram vir negociar a recuperação das posições remuneratórias
(escalões) no âmbito da ponderação da carreira própria dos docentes,
envolvendo o tempo, o calendário e o modo de recuperação daquelas
posições remuneratórias já vencidas visando a recomposição da carreira
de modo a recuperar o tempo perdido, sem ultrapassagens indevidas”,
lembram as associações.No comunicado, as associações adiantam ainda que, na quinta-feira, os militares vão fazer uma “carcaçada”.O
presidente da Associação Nacional de Sargentos, Mário Ramos, explicou
hoje à rádio TSF que uma “carcaçada” é saltar o almoço e utilizar esse
tempo para refletir.