Militar dos comandos continua internado sujeito a “meticulosas intervenções de acompanhamento”
12 de set. de 2022, 13:04
— Lusa/AO Online
Numa
nota enviada à imprensa, o Exército informa que o militar internado no
Hospital de Curry Cabral, que este fim de semana necessitou de um
transplante de fígado, “continua sujeito a meticulosas intervenções de
acompanhamento da sua evolução clínica”. O
ramo acrescenta na nota que este é o único militar do 138.º curso de
comandos que continua internado depois de ter registado “um total de
seis intervenções em estabelecimento hospitalar”. Até
ao momento, apenas se sabia que dois militares tinham tido necessidade
de internamento na passada quarta-feira - sendo que um deles já teve
alta - e que os 44 instruendos do curso tinham sido sujeitos a uma
“revista de saúde”. O Exército informou
também este sábado que “todos os militares que foram observados no
Hospital das Forças Armadas já obtiveram alta, e encontram-se
recuperados nos respetivos domicílios”, sem especificar na altura
quantos.O Exército
indica um total de seis intervenções em estabelecimento hospitalar no
âmbito deste curso: ao militar que está internado, ao segundo militar
que sofreu uma interrupção respiratória e teve alta na semana passada, e
ainda a quatro militares no Hospital das Forças Armadas, no polo de
Lisboa, “decorrente da revista de saúde feita a todos os instruendos, em
08 de setembro”. “Destes, um dos
militares teve alta no próprio dia, dois obtiveram alta no dia 09 de
setembro e um regressou ao seu domicílio no dia 10 de setembro, todos
recuperados”, salienta. Este sábado o
Estado-Maior do Exército ordenou a interrupção do 138.º curso de
comandos até ao apuramento do processo de averiguações àquela formação. “Por
determinação do General Chefe do Estado-Maior do Exército, encontram-se
interrompidas as atividades do 138.º Curso de Comandos, até se
apurarem, com brevidade mas com a máxima precisão, as conclusões do
Processo Averiguações e da Inspeção Técnica Extraordinária aquela ação
de formação militar”, divulgou o Gabinete do Chefe do Estado-Maior do
Exército na altura. O Presidente da
República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse no domingo que o caso do
militar internado em Lisboa parece ser "uma situação muito diferente" da
ocorrida há seis anos, quando morreram dois jovens num exercício."Há
um inquérito em curso mas pode acontecer que a situação seja muito
diferente à anterior", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma
visita à Feira do Livro de Lisboa.