Autor: Lusa/AO online
Entre gritos de protesto como “Não há outro Deus senão Alá e os sauditas são inimigos de Alá”, os participantes transportaram o caixão de Hilal desse a Grande Mesquita, na zona antiga da cidade, até ao cemitério.
Hilal era membro do partido Conferência Popular Geral, dirigido pelo ex-Presidente iemenita Ali Abdallah Saleh, aliado dos rebeldes xiitas ‘huthis’ e que domingo clamou vingança contra a Arábia Saudita, líder da coligação árabe que intervém no Iémen.
No domingo, milhares de manifestantes concentraram-se frente à sede da ONU, convocados pelos rebeldes ‘huthis’, para condenar o ataque, onde segundo diversas fontes também provocou ferimentos no ministro do Interior do governo dos rebeldes, Yalal al-Ruishan.
No protesto foram entoados cânticos contra a coligação árabe e contra os Estados Unidos.
A coligação dirigida por Riade tem negado responsabilidade pelo massacre e prometeu uma investigação.
O ataque, em que mais de 500 pessoas ficaram feridas, foi dirigido contra um edifício público onde decorriam as cerimónias fúnebres da mãe de al-Ruishan, e num momento em que cerca de 1.000 pessoas apresentavam condolências aos familiares.
De acordo com a ONU a guerra no Iémen, em particular desde o início da intervenção militar da coligação dirigida pelos sauditas em março de 2015, já provocou 6.700 mortos, com mais de 80% da população a necessitar de urgente ajuda humanitária.