Miguel Oliveira “reencontrou” a sua mota após dois dias de testes
22 de set. de 2021, 16:31
— Lusa/AO Online
O
piloto português foi hoje o 15.º mais rápido do dia, com o tempo de
1.32,898 minutos, a 1,314 segundos do mais rápido, o espanhol Aleix
Espargaró (Aprilia), piorando cerca de 0,8 segundos face ao tempo da
véspera.A
sua melhor volta foi a 14.ª das 24 efetuadas ao traçado Marco
Simoncelli, num dia em que testou alguns componentes aerodinâmicos e
peças a pensar na próxima época.“Os
testes foram bons porque fomos mais competitivos no tempo por volta.
Conseguimos fazer muito trabalho. Ontem tentámos perceber a afinação que
melhor se adapta a mim para ser rápido. Hoje testámos algumas peças de
aerodinâmica. Espero traduzir isto em peças boas e um bom pacote para o
resto da época”, frisou o piloto de Almada, numa conversa com os
jornalistas após a sessão de trabalho.Miguel
Oliveira mostrou-se mais “satisfeito” com a mota com que testou depois
de um fim de semana difícil no Grande Prémio de São Marino, em que foi
20.º classificado.“Encontrámos
algo na eletrónica que estava realmente mal. Identificámos e resolvemos
os problemas. Consegui ter a minha mota de volta, algo que não tive nas
últimas corridas. Acredito que temos uma boa solução para as próximas
corridas”, sustentou.Questionado
pela agência Lusa, o piloto português escusou-se a revelar os motivos
para os problemas com que se deparou nas últimas cinco corridas, mas
mostrou-se satisfeito com o caminho encontrado.“Sim,
percebemos o que estava mal, mas não o vou revelar, são detalhes
técnicos. Acreditamos que conseguimos resolver, é para isso que servem
os testes. Se não encontrássemos éramos amadores”, frisou Oliveira, que
testou peças "tanto para esta como para a próxima época".O
piloto da KTM não vê relação entre as dificuldades encontradas este ano
em alguns circuitos com a perda de concessões que permitiam à KTM
efetuar mais testes.Miguel Oliveira acredita mesmo que “no final de outubro” vai ser possível “mostrar” que a KTM evoluiu.“Saio
com melhor disposição do que quando cheguei aqui. Fui mais competitivo,
consegui bons tempos por volta, mas não nos preocupámos em fazer ‘time
atacks’ [voltas rápidas]. No final de outubro teremos hipóteses de
mostrar que melhorámos. O meu ‘feeling’ com a mota voltou ao normal.
Estamos satisfeitos”, garantiu.A próxima prova será em Austin, no Texas (EUA), um circuito aonde o campeonato não vai há dois anos.“Não
faço ideia de como se vai comportar a mota em Austin. Da última vez,
era a minha segunda ou terceira corrida como estreante. As minhas
referências não são as melhores. Vamos ver. Será um fim de semana de
descoberta”, precisou.Miguel
Oliveira deixou ainda uma palavra para André Pires, que terminou este
fim de semana o seu primeiro campeonato de MotoE, para motas elétricas.“Ficarei contente se puder continuar a ter a bandeira portuguesa nos circuitos”, disse.O dia de hoje marcou, também, a estreia de Raul Fernandez e Remi Gardner pela Tech3 KTM, a equipa satélite da casa austríaca.Os dois pilotos de Moto2 terminaram no 21.º e 22.º lugares, respetivamente.