Miguel Oliveira diz que arranque foi “chave” para a vitória na Indonésia
21 de mar. de 2022, 12:56
— Lusa/AO Online
“Sem essa boa
partida, a corrida tinha sido diferente para mim, porque, atrás dos
outros pilotos, não se via nada por causa da chuva ou por causa dos
salpicos da água que estava na pista”, explicou Miguel Oliveira.Após
o atraso de uma hora e 15 minutos, Miguel Oliveira partiu, para as 20
corridas da corrida encurtada devido à chuva, do sétimo posto e somou o
seu quarto triunfo na categoria, em 33.27,223 minutos, à frente dos
franceses Fábio Quartararo (Yamaha), atual campeão do mundo, e Johann
Zarco (Ducati), segundo e terceiro classificados, a 2,205 e 3,158
segundos, respetivamente.“Era difícil
perceber a aderência da pista, mas, depois de algumas voltas, percebi
que podia dar mais, embora seja muito difícil correr nestas condições,
porque, nos treinos, tens tempo e podes gerir os pneus. Felizmente, saí
bem, acompanhei o Jack [Miller] e percebi que tinha de fazer”,
acrescentou.Após ter percebido os
problemas com a água na pista do italiano Francesco Bagnaia (Ducati) e
do espanhol Jorge Martin (Ducati), na primeira curva, Oliveira passou
pela frente da corrida, até o australiano Jack Miller (Ducati) retomar a
dianteira, com o português na expectativa: “Encontrei uma brecha e
ultrapassei-o”.No entanto, Miguel Oliveira admitiu que iria sentir dificuldades em segurar a liderança caso a prova fosse mais longa.“Se
houvesse mais sete voltas, não sei o que tinha acontecido. O Fábio
[Quartararo] vinha muito forte, na perseguição, mas, por sorte, consegui
voltar ao pódio e com uma vitória”, vincou o piloto da KTM.Com
este triunfo, e os primeiros 25 pontos conquistados em 2022, o piloto
natural de Almada subiu ao quarto lugar da classificação de pilotos, a
cinco do italiano Enea Bastianini (Ducati), que não foi além do
11.º lugar. O sul-africano Brad Binder, companheiro de Oliveira na KTM, é
segundo, com 28 pontos, e Quartararo segue no terceiro lugar, com 27.“Só
houve duas corridas, mas, evidentemente, queremos continuar com esta
força nas próximas. Não queremos só boas classificações em duas ou três
corridas. Queremos estar na frente constantemente e, para isso, temos de
trabalhar muito, como é norma nesta categoria, na qual há tanta
competitividade, como se viu na Q2. Estamos focados em ser rápidos e
conseguir bons resultados nas corridas”, rematou.A próxima etapa do Mundial de MotoGP está marcada para 03 de abril, com o Grande Prémio da Argentina, em Termas de Rio Hondo.