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Eleições/Madeira
Miguel Albuquerque diz que se demite do PSD/Madeira se perder

O cabeça de lista do PSD às eleições legislativas da Madeira, Miguel Albuquerque, disse este sábado que se demite da liderança da estrutura regional do partido se perder no domingo, mas mostrou-se confiante num bom resultado.


Autor: AO Online/ Lusa

“Se perder as eleições com certeza que sim, eu assumo responsabilidades”, disse, quando questionado se se demite do cargo de presidente do PSD/Madeira se sofrer uma derrota no domingo.

Miguel Albuquerque disse ainda que, se perder, não irá “constituir um governo, como aconteceu a nível nacional”, porque isso “não faz sentido”.

Em jeito de balanço das duas semanas de campanha, que hoje termina, disse que a “mensagem passou e hoje as pessoas já interiorizaram que o pior que podia acontecer na Madeira era uma geringonça de esquerda”.

Em relação a domingo, disse ter “uma boa expectativa” e admitiu que acha que vai ganhar.

“Vamos ter um bom resultado”, afirmou.

Em dúvida está a manutenção da maioria absoluta que o PSD tem há 43 anos.

Caso não consiga a maioria absoluta, logo verá o que fará, mas de uma coisa tem a certeza: “Governar com a esquerda, nunca!”.

Questionado acerca da hipótese de entendimento com o CDS, caso não tenha maioria absoluta, disse que “tudo é possível, mas, neste momento, o que precisa é de uma maioria expressiva e consistente no PSD”.

Miguel Albuquerque falava aos jornalistas minutos antes de começar a arruada do PSD que encerrou as ações da campanha social-democrata para as eleições regionais de domingo.

Bombos, bandeiras cor de laranja, cânticos e um mar de gente encheram as ruas do centro do Funchal.

Durante pouco mais de uma hora, o cabeça de lista, Miguel Albuquerque, e o presidente honorário do PSD, Alberto João Jardim, distribuíram beijos, abraços e cumprimentos e tiraram fotografias.

Com uma bandeira da Região Autónoma da Madeira nas mãos, Miguel Albuquerque deu o mote para o início da arruada a dançar ao som dos cânticos que a Juventude Social-Democrata (JSD) cantava atrás de si, sendo acompanhada pelas centenas de pessoas que participaram nesta ação de campanha.

“Nós só queremos Miguel a presidente”, “Viva a Madeira”, “Madeira livre” e “PSD, Glorioso, PSD”, numa alusão à música do Benfica, foram os cânticos que dominaram a campanha social-democrata e que hoje se repetiram na arruada.

Perto da Sé do Funchal, quatro jovens ativistas e apartidários exibiram a Miguel Albuquerque cartazes onde apelavam a políticas ambientais e também à participação numa greve pelo clima, na próxima semana.

O candidato social-democrata passou por eles sem parar, enquanto Alberto João Jardim parou em frente aos jovens a entoar os cânticos do PSD.

Um pouco mais abaixo, na Rua Fernão de Ornelas, cheia de esplanadas e lojas, as pessoas acumulavam-se nas bermas para ver passar o ex-presidente do Governo Regional da Madeira e o candidato, tirar fotografias e cumprimentá-los.

Ambos entraram em praticamente todas as lojas para cumprimentar os lojistas.

À chegada ao Mercado dos Lavradores, Alberto João Jardim quis entrar, Miguel Albuquerque juntou-se e deram uma volta pelas bancas da fruta e dos legumes.

A arruada terminou uma hora e dez minutos depois de ter começado, na Praça da Autonomia, onde uma banca comprida com máquinas de imperial e copos já cheios esperavam os participantes.

Depois de tirar uma fotografia com a JSD, Miguel Albuquerque agarrou no megafone para agradecer a todos pelo “esforço, determinação, persistência e amor às cores da autonomia”.

Agradeceu ainda a Alberto João Jardim e desejou “uma grande vitória, mais uma grande vitória sobre o socialismo e o comunismo”.

E a arruada acabou como começou, com a JSD a cantar “Nós só queremos Miguel a presidente”.