Microsoft anuncia investimento de mais de 8,6 ME em centro de dados de Sines
11 de nov. de 2025, 12:30
— AO Online/Lusa
“Estamos a investir 10 mil milhões de dólares
em Portugal, em Sines, com a Start Campus e a Nscale”, afirmou Brad
Smith, em entrevista ao jornal de Negócios, hoje publicada, explicando
que este investimento "é maior do que todos os investimentos em centros
de dados que a empresa já fez em Espanha”.O
presidente da empresa norte-americana refere que a tecnológica está a
reforçar a aposta em Portugal, com investimentos que fazem o país ganhar
a corrida na instalação de gigafábrica de inteligência artificial (IA).“Estamos
a construir na Europa. Curiosamente, um dos maiores investimentos que
estamos a fazer este ano na Europa é, na verdade, em Portugal”,
salientou Brad Smith.Em outubro, a
Microsoft e a Nscale anunciaram ser os primeiros inquilinos do edifício
da Start Campus, em Sines, prevendo a instalação de 12.600 processadores
de última geração da Nvidia, no Centro de Dados de Sines.O
responsável pela Microsoft explicou que as empresas já estiveram a
explorar esta parceria, de forma “a trabalhar para trazer para Portugal
um elevado número de CPU [nós de computação e unidades centrais de
processamento], os mais avançados do mundo”.“Há
uma forma de pensar sobre o que estamos a fazer em Portugal. Os países
estão a competir na Europa por financiamento público na União Europeia
para construir uma gigafábrica, e há uma competição intensa. Portugal já
ganhou a licitação com a Microsoft, porque decidimos que vamos
construir esta gigafábrica de IA em Sines”, explicou Brad Smith.O
presidente da tecnológica norte-americana realça o potencial da
localização de Sines, destacando a vantagem dos cabos submarinos,
enquanto forma “da América do Norte ficar mais perto da Europa”.O
líder da Microsoft admite que o investimento em Portugal reflete “um
imenso trabalho, da política energética seguida em Portugal, onde a
energia é mais barata e há bom clima”, destacando também as
conectividades de banda larga do país.Estas
condições tornam Portugal “um país muito importante e atraente na
Europa para a construção deste tipo de centros de dados e deste tipo de
investimentos. São boas notícias para Portugal, que fica numa muito boa
posição para competir, não pelo que tem vindo a ganhar ao longo do
tempo, mas também para futuros investimentos”, rematou Brad Smith.