Meta bloqueia transmissões em direto no Instagram a menores de 16 anos
8 de abr. de 2025, 16:08
— Lusa/AO Online
Este anúncio vem na sequência
do alargamento das medidas de segurança para adolescentes que a Meta
tem vindo a implementar sendo que a empresa de redes sociais estende as
suas salvaguardas para menores de 18 anos às plataformas Facebook e
Messenger.Os menores de 16 anos serão
impedidos de utilizar a funcionalidade de transmissão em direto do
Instagram, exceto se tiverem autorização dos pais e também será
necessária autorização para desativar a funcionalidade que desfoca as
imagens com suspeitas de nudez nas suas mensagens diretas.As
alterações foram anunciadas juntamente com a extensão do sistema de
contas para adolescentes do Instagram ao Facebook e ao Messenger, sendo
que as contas para adolescentes foram introduzidas no ano passado. Estas
colocam os menores de 18 anos, por defeito, numa configuração que
inclui a possibilidade de os pais estabelecerem limites de tempo diários
para a utilização da aplicação, de impedirem os adolescentes de
utilizarem o Instagram em determinadas alturas e de verem as contas com
as quais os seus filhos trocam mensagens.O
The Guardian escreve que as contas de adolescentes do Facebook e do
Messenger serão lançadas inicialmente nos EUA, Reino Unido, Austrália e
Canadá e tal como acontece com as contas do Instagram, os utilizadores
com menos de 16 anos precisarão da autorização dos pais para alterar as
definições.Segundo a Meta, as contas
Instagram para adolescentes são utilizadas por 54 milhões de menores de
18 anos em todo o mundo, sendo que mais de 90% dos jovens entre os 13 e
os 15 anos mantêm as suas restrições por defeito.A
NSPCC, uma das principais instituições de caridade para a proteção das
crianças, disse que se congratulava com o alargamento das medidas ao
Facebook e ao Messenger, mas disse que a Meta tinha de trabalhar mais
para evitar que aparecesse material nocivo nas suas plataformas.“Para
que estas alterações sejam verdadeiramente eficazes, devem ser
combinadas com medidas pró-ativas para que os conteúdos perigosos não
proliferem no Instagram, Facebook e Messenger”, afirmou o diretor
adjunto da política de segurança infantil online da NSPCC, Matthew
Sowemimo.