Mergulhadores no rio Douro para último dia de buscas por peças do helicóptero
2 de set. de 2024, 11:42
— Lusa/AO Online
“Neste
momento já estamos na água, estamos já a efetuar buscas e será o último
dia dos nossos trabalhos”, afirmou à agência Lusa Rui Silva Lampreia.Na água estão hoje duas embarcações e 11 operacionais da Polícia Marítima, entre os quais sete mergulhadores.“Da
nossa parte, hoje damos como concluídos os trabalhos”, referiu o
responsável que comandou as operações de socorro e busca que foram
desencadeadas após o alerta para a queda da aeronave na sexta-feira e
que fazia parte do dispositivo de combate a incêndios da Autoridade
Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).Enquanto
decorrem os trabalhos, a navegabilidade no rio mantém-se condicionada,
ou seja só pode passar uma embarcação de cada vez, tem de o fazer a
baixa velocidade e tem de ser acompanhada pela Polícia Marítima, com o
apoio da Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL).A
bordo, aquando do acidente que aconteceu na zona de Samodães, concelho
de Lamego (Viseu), seguiam cinco militares da Unidade de Emergência de
Proteção e Socorro (UEPC) e o piloto, o único sobrevivente.Na sexta-feira foram recuperados os corpos de quatro militares e, no sábado à tarde, a quinta vítima mortal.No
domingo e hoje, os mergulhares da Polícia Marítima regressaram ao rio
para tentarem recuperar peças da aeronave como o rotor da cauda do
aparelho e o computador de bordo.Segundo
Silva Lampreia, durante os trabalhos realizados no domingo foram
recuperadas partes da fuselagem do helicóptero e pequenas peças.“Vai
ser muito difícil apanhar aquilo que nós andamos à procura, porque
poderá ter ficado tudo destruído e, portanto, a dispersão desse material
implicaria buscas durante muito tempo. Não havendo uma necessidade
fundamental para tentar despistar as causas do acidente para já, da
nossa parte, em termos de polícia, damos hoje como terminadas as
buscas”, referiu o comandante.No sábado, o
organismo responsável pela investigação à queda do helicóptero de
combate a incêndios no rio Douro, o Gabinete de Prevenção e
Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários
(GPIAAF), disse já ter ouvido o piloto e testemunhas e concluído “o
essencial da fase de trabalhos de campo”.“O
GPIAAF tenciona publicar ao final da próxima terça-feira uma nota
informativa dando conta das constatações iniciais e do caminho a
prosseguir pela investigação”, segundo um comunicado enviado à agência
Lusa naquele dia.