Dia da Saúde Mental
Melhor atendimento a doentes nos cuidados primários
- O Dia Mundial da Saúde Mental assinala-se hoje com o apelo para melhorar o atendimento destes doentes nos cuidados de saúde primários por estarem mais próximos das pessoas.

Autor: Lusa/AO Online

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a doença mental é responsável por 20 por cento das doenças na Europa e afecta uma em cada quatro pessoas em algum momento da sua vida.

“Uma forma de melhorar o acesso aos cuidados de saúde mental e a sua eficácia é incluí-los nos cuidados de saúde primários, serviços próximos das pessoas”, refere em comunicado o Alto Comissariado da Saúde (ACS).

Por esta razão, a Organização Mundial de Saúde decidiu dedicar este ano as comemorações ao tema “Saúde Mental nos Cuidados de Saúde Primários: melhorar o tratamento e promover a saúde mental”.

Para assinalar a data, a Coordenação Nacional para a Saúde Mental (CNSM) promove hoje uma sessão de reflexão sobre a articulação entre a Saúde Mental e os Cuidados de Saúde Primários, com a participação da ministra da Saúde, Ana Jorge, e da alta comissária da Saúde, Maria do Céu Machado.

Estarão ainda presentes o coordenador nacional para a Saúde Mental, Caldas de Almeida, o coordenador da Missão para os Cuidados de Saúde Primários, Luís Pisco, e Igor Svab, perito europeu nestas matérias e presidente da WONCA (Associação Mundial dos Médicos de Família).

Durante a sessão, será lançada a edição portuguesa do livro da OMS “Saúde Mental nos Cuidados de Saúde Primários: uma perspectiva global”.

O ACS refere que o Plano Nacional de Saúde Mental 2007-2016 já atingiu “objectivos importantes” em dois anos, como “a criação de novos serviços, o financiamento de projectos inovadores, a formação de profissionais na área da saúde mental comunitária a nível nacional e a aprovação em Conselho de Ministros do decreto-lei que cria os cuidados continuados de saúde mental”.

“Actualmente, estão lançadas as fundações para a construção de um sistema de saúde mental mais completo, que assegure respostas efectivas às necessidades das pessoas e suas famílias, tanto na vertente do tratamento como na da reabilitação e integração social dos que sofrem de perturbações mentais”, acrescenta o Alto Comissariado da Saúde.