Autor: Lusa/AO Online
“Dois anos após o ataque perpetrado por grupos armados palestinianos contra Israel, ouvi e vi a dor indescritível das famílias e dos sobreviventes”, escreveu Fletcher num comunicado, numa referência ao ataque liderado pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns, e desencadeou a ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza.
O dirigente da ONU pediu a libertação “incondicional” de todos os reféns que ainda permanecem em Gaza e exigiu a proteção dos civis, lamentando as mais de 67.100 mortes registadas desde o início do conflito.
Fletcher alertou que “centenas de milhares de palestinianos enfrentam deslocação e fome” e apelou à comunidade internacional para aproveitar “o pequeno vislumbre de esperança” existente nas atuais negociações de paz, que têm como base um plano proposto pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.
Por sua vez, o porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), Christian Lindmeier, denunciou que “a fome está a espalhar-se” em Gaza, com 400 mortes relacionadas com subnutrição desde janeiro, incluindo 101 crianças.
Mais de 10.000 crianças foram diagnosticadas com desnutrição aguda nos últimos dois meses, e 2.400 correm risco de morrer de fome, segundo a OMS.
Lindmeier sublinhou que o número real poderá ser “muito superior”, devido ao bloqueio da ajuda humanitária imposto por Telavive e ao deslocamento contínuo da população.