Médio Oriente: O Hamas não vai participar na assinatura oficial do acordo de paz

11 de out. de 2025, 18:09 — Lusa

Israel e o Hamas concluíram na quinta-feira, no Egito, um acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor na sexta-feira, prevendo a libertação dos reféns detidos em Gaza dentro de 72 horas em troca de prisioneiros detidos por Israel.Este acordo baseia-se num plano anunciado no final de setembro por Donald Trump para pôr fim a dois anos de guerra no território palestino.O responsável do Hamas, em entrevista à agência France Presse (AFP), classificou ainda de "absurda" a ideia de expulsar os membros daquele grupo islamista da Faixa de Gaza."Os dirigentes do Hamas presentes na Faixa de Gaza estão na sua terra, a terra onde viveram, com as suas famílias e o seu povo. Portanto, é natural que lá permaneçam", disse, considerando que expulsar palestinianos, sejam eles membros do Hamas ou não, "não tem sentido".Hossam Badran garantiu também que o Hamas irá "repelir a agressão", caso Israel retome a ofensiva em Gaza.Sobre o acordo de paz, o dirigente afirmou que o grupo espera negociações "muito mais complexas" na segunda fase do acordo anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.