Médicos querem divulgação urgente da Estratégia Outono-Inverno
Covid-19
21 de set. de 2020, 11:25
— Lusa/AO Online
Em comunicado, o bastonário e o Gabinete de Crise da Ordem
dos Médicos (OM) solicitam também uma atualização das normas e
orientações técnicas da Direção-Geral da Saúde para “garantir a melhor
articulação e concertação das respostas a nível ambulatório e
hospitalar”.A OM recomenda ainda a criação
de equipas médicas de resposta em prontidão para situações complexas,
como surtos em lares, e reafirma a “necessidade imperiosa do adequado
reforço de recursos humanos na Linha de Saúde 24, nas equipas de Saúde
Pública e no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e a monitorização dos
níveis de ‘burnout’ e sofrimento ético dos profissionais de saúde”.Estas
equipas médicas - sublinha - devem ser "compostas por médicos de Saúde
Pública, médicos com experiência em Covid-19 e médicos de emergência,
sob dependência das administrações regionais de saúde, em ligação com o
hospital de referência e coordenadas pelo INEM, em colaboração com a
Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC)".“Pretende-se
garantir organização, comando, controlo e uma eficiente ligação com as
estruturas locais com profissionais devidamente preparados e de acordo
com as regras de Medicina de Catástrofe”, acrescenta.Na
nota, a Ordem dos Médicos apela à importância da coesão nacional no
combate à segunda onda pandémica que está a começar no continente
europeu, sublinhando: “Não sendo possível a prevenção absoluta, todos
devemos adotar as medidas que maximizem a prevenção do risco de
transmissão”.Propõe também a criação de
“um modelo de coordenação regional das vagas em Enfermaria e Unidade de
Cuidados Intensivos para os doentes com Covid-19 e de uma rede de
transferência específica com os recursos humanos e técnicos adequados”.A
OM reitera ainda algumas das medidas que já tinha proposta em agosto,
nomeadamente a utilização de máscara facial em espaços públicos abertos
“de acordo com a avaliação do risco local e com a vantagem de contribuir
para a proteção de outros vírus respiratórios” e o rastreio precoce com
teste de diagnóstico inicial nos contactos de alto risco dos casos
confirmados.Outra das medidas em que a
Ordem dos Médicos insiste é na elaboração de “legislação específica e de
normas de Saúde Pública para a realização de eventos de massas com
critérios claros, uniformes e coerentes, de acordo com a avaliação do
risco e o nível de atividade epidémica”.