Mau tempo: Governo Regional investe mais de 11 ME em portos de pesca e zonas costeiras afetados

18 de jul. de 2020, 10:40 — AO Online/ Lusa

Gui Menezes esclareceu, ainda, que foram identificadas nas ilhas do Pico, Flores, Faial, Graciosa, Terceira e São Miguel 56 intervenções, das quais “mais de 64% já foram executadas, ou estão em fase de execução ou de adjudicação”, explica a nota de imprensa enviada hoje pelo executivo regional.O governante, que foi hoje ouvido, por videoconferência, pelo Grupo de Trabalho do parlamento açoriano sobre o furacão Lorenzo, esclareceu que os prejuízos provocados pelo furacão em áreas que tutela “foram divididos em despesas da Lotaçor e das direções regionais das Pescas e dos Assuntos do Mar”.Em relação aos pescadores e armadores afetados, o responsável apontou que “estas questões afetaram mais diretamente os pescadores das Flores, Pico e Graciosa” e garantiu que “os compromissos com os pescadores foram todos cumpridos”, através de “apoios diretos aos armadores, bem como através da reparação das casas de aprestos, dos postos de recolha e das gruas de apoio ao setor”, concretiza a nota.Esses apoios foram garantidos em 2019, sendo que “alguns apoios se prolongaram durante este ano”, como o pagamento de um salário mínimo a armadores das Flores que tiveram de reparar as suas embarcações na ilha Terceira.Quanto à orla costeira, o mau tempo no inverno e a pandemia de covid-19 causaram “constrangimentos” nos projetos, apontou o secretário regional, acrescentando que “26% das obras que estão em fase de projeto são as de maior envergadura e que têm outra complexidade técnica”.“Depois destes constrangimentos, os trabalhos estão bem encaminhados”, afirmou.Quando questionado sobre a matéria, o governante adiantou que decorrem obras de proteção costeira de “significativa monta” no âmbito da Estratégia Regional para as Alterações Climáticas.O Governo Regional já interveio em “cerca de sete quilómetros de orla costeira” em todas as ilhas e as situações de risco “estão identificadas”, apontou, esclarecendo que o trabalho é feito “com o Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC), que faz grande parte das avaliações técnicas” e que é dada “prioridade” às obras que protejam pessoas e bens.Em relação à proteção costeira da baía do Porto Pim, no Faial, “com a ocorrência do Lorenzo, decidiu-se fazer a divisão do projeto”, que inclui uma intervenção no edificado histórico, nomeadamente o Forte de São Sebastião e o Reduto da Patrulha, que deve arrancar ainda este ano.Já para a proteção costeira, um investimento que deverá rondar um milhão de euros, o executivo solicitou ao projetista que “sugerisse várias possibilidades tecnicamente válidas e que possam ser discutidas”.A passagem do furacão Lorenzo, em outubro de 2019, causou graves danos em setores públicos e no setor empresarial privado, com perdas estimadas pelo executivo açoriano em cerca de 330 milhões de euros. O Governo da República demonstrou disponibilidade para cobrir cerca de 85% desse valor, dividindo-se o restante entre o Fundo de Solidariedade da UE e o esforço da região.