Marta Soares reitera realização de Assembleia Geral do Sporting de dia 23
12 de jun. de 2018, 18:16
— Lusa/AO online
“Esclarece-se,
de todo o modo, que a Assembleia Geral convocada irá realizar-se ainda
que o Conselho Diretivo continue a incumprir com o seu dever de
colaboração para a organização e realização da Assembleia Geral, órgão
máximo do clube”, pode ler-se no documento enviado por Marta Soares.Num
comunicado com nove pontos, o presidente da MAG reforça as razões para
realizar a AG, que classifica como a “única atualmente convocada de
forma legítima, legal e estatutária”, para as 14:00 de dia 23 deste mês,
no Altice Arena.Marta
Soares diz ter “desde 24 de maio” um requerimento para “a deliberação
da revogação do mandato dos membros do atual Conselho Diretivo”,
liderado por Bruno de Carvalho, com mais de três mil assinaturas, e
acrescenta que recebeu entretanto “mais requerimentos com o mesmo teor”.“Como
é do conhecimento público, foi já feita uma tentativa de validação da
totalidade das assinaturas constantes do requerimento recebido, tendo
sido impedida pelo Conselho Diretivo a colaboração dos serviços do Clube
necessária para se proceder a essa validação”, denunciou o presidente
da MAG.Marta
Soares asseverou ainda manter “a intenção de proceder à validação dessas
assinaturas” antes da Assembleia Geral, e diz aguardar que o Conselho
Diretivo autorize os serviços para um dever que “cabe exclusivamente ao
presidente da Mesa”.A
fechar, o presidente da MAG reforça que a palavra será entregue aos
sócios, que a pediram “nos termos estatutários”, para “os efeitos que
entenderam necessários, e no estrito cumprimento da lei e dos Estatutos
do Clube, pois o Sporting é ‘uma unidade indivisível constituída pela
totalidade dos seus associados’”.Na
segunda-feira, Marta Soares revelou à Lusa que iria avançar “com duas
providências cautelares para garantir tudo o que é importante e
fundamental em todas as áreas, não só a segurança, para que a Assembleia
Geral do dia 23 de junho se realize”.“Sou
o presidente da MAG em exercício e cumpri sempre os estatutos”, frisou,
reafirmando que as Assembleias Gerais anunciadas por Bruno de Carvalho,
presidente da direção do clube, para 17 de junho e 21 de julho “terão
resultados nulos e sem nenhum efeito”.A
crise no Sporting teve origem na perda do segundo lugar do campeonato,
na última jornada, para o Benfica, e acentuou-se dias depois, em 15 de
maio, quando cerca de 40 pessoas encapuzadas invadiram a Academia do
Sporting, em Alcochete, e agrediram alguns futebolistas e elementos da
equipa técnica, com a GNR a deter 23 dos atacantes, que ficaram em
prisão preventiva.Na
sequência destes incidentes, os futebolistas Rui Patrício e Daniel
Podence apresentaram a rescisão por justa causa, em 01 de junho, o
treinador Jorge Jesus rescindiu por mútuo acordo para assinar pelos
árabes do Al Hilal, e na segunda-feira, mais quatro jogadores
rescindiram unilateralmente.Depois
destes acontecimentos, a maioria dos membros da Mesa da Assembleia
Geral (MAG) e do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) e parte da Direção
apresentaram a sua demissão, defendendo que o presidente Bruno de
Carvalho não tinha condições para permanecer no cargo.Após
duas reuniões dos órgãos sociais, o presidente demissionário da MAG,
Jaime Marta Soares, marcou uma Assembleia Geral para votar a destituição
do Conselho Diretivo (CD), para 23 de junho – sobre a qual foi
interposta uma providência cautelar para a sua realização pela MAG que
foi indeferida liminarmente pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa -
e criou uma comissão de fiscalização para evitar o vazio provocado pela
demissão da maioria dos elementos do CFD.O
CD do Sporting, afirmando que não reconhece legitimidade à MAG, nomeou
uma Comissão Transitória da MAG, que, por sua vez, convocou uma
Assembleia Geral Ordinária para 17 de junho, para aprovação do Orçamento
da época 2018/19, análise da situação do clube e para esclarecimento
aos sócios, e marcou uma AG eleitoral para a MAG e para o CFD para 21 de
julho.