“Inicialmente,
não íamos participar porque a verba que tínhamos disponível não era
suficiente. E houve uma abertura do Governo, que nos informou que a
marca ‘Açores’ ia avançar com uma verba para apoiar o clube e nós
avançámos com a nossa participação. Só que, para além de não termos
recebido nada da marca ‘Açores’ até ao momento, não recebemos qualquer
valor do contrato-programa celebrado com a Direção Regional do
Desporto”, contou Liberal Carreiro, coordenador do departamento de
hóquei em patins dos “azuis” da Calheta.O Marítimo regressou, esta
época desportiva, à II Divisão nacional onde integra a Série Sul, tendo
realizado, até ao momento, seis deslocações ao território continental.“Nós
não temos disponibilidade financeira para mais nenhuma viagem e temos
mais duas para fazer no próximo mês de dezembro”, confessou Liberal
Carreiro, acrescentando que o encerramento do departamento de hóquei em
patins é um cenário provável.“Podemos encerrar definitivamente a nossa participação já no próximo mês de janeiro, se as verbas não chegarem até lá”, atirou.De acordo com o diretor do clube, as verbas deveriam ter sido transferidas no passado mês de outubro.“O
Marítimo já gastou mais de trinta mil euros nas viagens que efetuou e
ainda não recebeu um cêntimo. É uma situação insuportável para o clube”,
afirmou Liberal Carreiro.Apesar dos contactos estabelecidos entre o
clube e o Governo, onde foi assegurada a regularização da situação, o
Marítimo ainda não recebeu qualquer verba dos apoios acordados, vendo-se
“forçado” a terminar precocemente a sua época desportiva.“O Marítimo
irá fechar e nunca mais abrirá competição na modalidade de hóquei em
patins, pelo menos enquanto esta direção cá estiver, até porque era o
que tínhamos previsto no início da época”, concluiu Liberal Carreiro.