Marco Varela substitui sindicalista Vítor Silva na liderança do PCP nos Açores
17 de abr. de 2019, 09:21
— Lusa/AO Online
O
novo responsável pelos comunistas açorianos declarou que o partido
pretende acabar com a maioria absoluta do PS nas eleições legislativas
regionais dos Açores de 2019, considerando que após o apuramento de
resultados se vai “conversar com quem que se tiver que conversar” e
“decidir coletivamente se é possível ou não encontrar pontos de
convergência que possam beneficiar a região e os açorianos".Marco
Varela, funcionário do PCP e membro do Comité Central, falava na
conferência de imprensa, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, na
sede do PCP, onde foi apresentado.“É
prematuro estar a dizer se este diálogo vai ser com o PS ou com a
direita”, declarou o dirigente comunista, quando confrontado sobre a
importação da geringonça, se possível, também com a direita, para os
Açores.O novo líder afirmou encarar as
novas funções “sobretudo com tranquilidade, confiança e determinação”,
considerando que devido à ação política do PCP foi possível “recuperar
salários e direitos” nos últimos Orçamentos do Estado e no da Região
Autónoma dos Açores de 2019.O dirigente
colocou-se “ao lado dos trabalhadores” com baixos salários e dos
açorianos que pretendem “uma região desenvolvida”, dos jovens que
pretendem residir na sua ilha e que têm um emprego precário.O
novo coordenador regional do PCP, que assume funções até à realização
do XI Congresso Regional, agendado para o primeiro quadrimestre de 2020,
colocou-se ao lado dos produtores de leite que viram agora o preço da
matéria-prima ser reduzido em mais um cêntimo por litro, sendo
“penalizados por estarem a produzir" em excesso.Para
o dirigente comunista, que reside na ilha do Faial, também os
pescadores “não estão a ver o seu peixe ser valorizado como deveria”,
enquanto os reformados são confrontados com baixas reformas e pensões
que não lhes permitem usufruir na totalidade da região onde vivem.A
eleição do novo coordenador do PCP teve lugar na Direção da Organização
da Região Autónoma dos Açores (DORRA)do PCP, mantendo-se o anterior
líder como membro deste órgão, para o qual foi eleito em abril de 2016,
em congresso.