Marcelo tranquilo com incidente na Polónia volta a apelar à paz
Ucrânia
16 de nov. de 2022, 16:30
— Lusa/AO Online
“Se se
confirmar aquilo que é a avaliação feita neste momento, felizmente
estaríamos mais longe do risco de uma escalada do conflito, o que
significaria o agravamento da situação de guerra existente”, disse
Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à margem das comemorações do
centenário de José Saramago, em Mafra.Para
o Presidente da República, “independentemente de o míssil ser de A, B
ou C, era fundamental que quem desencadeou a guerra deixasse de conduzir
operações de guerra para que se pudesse estudar a hipótese de caminhar
para a paz”.O secretário-geral da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg,
garantiu hoje que a Aliança Atlântica “está preparada” para incidentes
como o da Polónia, exortando os Aliados a mobilizarem mais apoio aéreo
para a Ucrânia.Depois de admitir que a
explosão que matou duas pessoas na Polónia “foi provavelmente causada”
por um míssil ucraniano, ressalvando que “não é culpa da Ucrânia”, o
secretário-geral da NATO garantiu que os sistemas de defesa aérea da
Aliança Atlântica “são criados para se defenderem contra ataques a toda a
hora”.O Presidente polaco, Andrzej Duda,
admitiu hoje que o míssil que matou duas pessoas na Polónia, na
terça-feira, “tenha sido lançado pela Ucrânia”, mas disse que nada
indica que tenha sido um “ataque intencional”.Andrzej
Duda declarou que a Polónia não vai invocar o artigo 4.º da NATO que
prevê consultas entre aliados sempre que esteja ameaçada a "integridade
territorial, a independência política ou a segurança" de qualquer dos
Estados-membros da Aliança Atlântica.