Marcelo reúne-se hoje com o Presidente de Israel em Jerusalém
21 de jan. de 2020, 10:39
— Lusa/AO Online
Na
quarta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa terá um encontro com
sobreviventes do Holocausto, também em Jerusalém, antes da quinta edição
deste fórum, que se realizará na quinta-feira e na qual está anunciada a
presença de mais de 40 altos representantes políticos.O
chefe de Estado tem chegada ao aeroporto de Telavive prevista para as
16h00 locais de hoje e será recebido por Reuven Rivlin
pelas 18h30 locais na residência oficial do Presidente do Estado de
Israel em Jerusalém.O 5.º Fórum Mundial do
Holocausto irá assinalar o 75.º aniversário da libertação do campo de
concentração de Auschwitz, com discursos dos presidentes de Israel, da
Rússia, Vladimir Putin, da França, Emmanuel Macron, e da Alemanha,
Frank-Walter Steinmeier, e do príncipe Carlos, em representação do Reino
Unido, entre outros.Tendo como lema
"Lembrando o Holocausto, combatendo o antissemitismo", o fórum vai
realizar-se no Yad Vashem, em Jerusalém, o instituto para a preservação
da memória dos seis milhões de vítimas judaicas do genocídio nazi e das
numerosas comunidades judaicas destruídas durante esse período na
Europa.Na quarta-feira, Marcelo Rebelo de
Sousa estará ainda num jantar oferecido pelo Presidente de Israel aos
chefes de delegação presentes nesta quinta edição do Fórum Mundial do
Holocausto, durante o qual haverá intervenções de Reuven Rivlin e do rei
de Espanha, Felipe VI.A sua partida para Portugal está prevista para quinta-feira ao fim do dia, após o fórum.Segundo
uma nota divulgada no portal da Presidência da República na internet, a
participação de Marcelo Rebelo de Sousa nesta cerimónia "constituirá
uma oportunidade para contactar com os sobreviventes de um dos momentos
mais sombrios da História da Humanidade e para lembrar os feitos
corajosos de todos aqueles que, como o cônsul português em Bordéus,
Aristides de Sousa Mendes, contribuíram para aliviar o sofrimento de
alguns, num momento tão difícil".Enquanto
cônsul-geral em Bordéus, França, Aristides de Sousa Mendes salvou
milhares de judeus e outros refugiados do regime nazi, em 1940, emitindo
vistos à revelia das ordens do Governo de António de Oliveira Salazar, o
que lhe valeu a expulsão da carreira diplomática, e acabaria por morrer
na miséria.