Marcelo juntou-se ao "desconfinamento" das marchas populares de Lisboa
13 de jun. de 2022, 10:56
— Lusa/AO Online
O
chefe de Estado, que no domingo de manhã viajou de Londres para Andorra
e de lá para Lisboa, chegou ao aeroporto já de noite e foi diretamente
para a Avenida da Liberdade, novamente palco do desfile das marchas
populares, cancelado nos últimos dois anos devido à covid-19."Fiz
muita questão, porque este ano é muito especial, é um ano de
desconfinamento, depois da paragem. É o reviver de novo. Sente-se que há
uma alegria, há uma confraternização, uma libertação, eu queria
partilhá-la", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa perante os jornalistas,
quando o desfile terminou.Interrogado se
neste momento não está preocupado com a pandemia da covid-19, o
Presidente da República respondeu: "Não, olhe, eu estive em Londres e
tive encontros, uma receção com a comunidade, de mil e tal pessoas, num
espaço fechado. Em Andorra, depois, centenas de pessoas, também num
espaço fechado".Segundo o chefe de Estado,
"está a haver naturalmente uma transição da pandemia para a endemia" e
as pessoas estão "a habituar-se à realidade"."Há
muita gente que eu conheço que está com covid, é uma covid muito mais
ligeira do que aquela que foi. É uma habituação a uma realidade que vai
durar um ano, dois anos, três anos. E as pessoas têm de se ir
prevenindo, haverá vacinação, e vão convivendo com ela como se convive
com outro tipo de epidemias que tivemos no passado", considerou.O Presidente da
República cumprimentou e tirou fotografias com as madrinhas e os
padrinhos das marchas, juntamente com Carlos Moedas, à medida que
passavam junto à tribuna onde estavam sentados."É
realmente uma noite inteira, começa cedo, vai por aí adiante. Eu sou
noctívago, estou feliz", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.Sobre
a sua ligação às marchas populares de Lisboa, referiu que vem do seu
tempo de criança e que quando foi autarca na capital nunca perdia o
desfile."Vim às marchas também no primeiro
ou no segundo ano do mandato do presidente [anterior da Câmara
Municipal de Lisboa] Fernando Medina, e agora no primeiro ano de mandato
do presidente Carlos Moedas", acrescentou.O
chefe de Estado elogiou "a qualidade das marchas", que no seu entender
têm tido "uma subida espetacular, em tudo, na música, na letra, na
dança, na coreografia", e assinalou a participação de "muita gente
nova", concluindo: "É uma tradição, só que muito renovada".O
presidente da Câmara Municipal de Lisboa, por sua vez, disse estar
emocionado por ver "estes jovens a passarem esta tradição para o
futuro".