Marcelo espera que estado de emergência termine em abril e dê lugar a "boa onda"
Covid-19
7 de abr. de 2021, 14:52
— Lusa/AO Online
"Vamos
ver. Depende de todos nós", considerou o chefe de Estado, que falava
aos jornalistas durante uma visita ao Centro Social Polivalente de São
Cristóvão e São Lourenço, em Lisboa, para assinalar o Dia Mundial da
Saúde.Questionado sobre os dados da
evolução da Covid-19 em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que
"abril é um mês decisivo" e realçou que "há uma parte que passa pelas
pessoas, o que é que as pessoas fazem, o tipo de convívio que têm, a
criação ou não de condições para que o desconfinamento seja suave e
progressivo", sem "sobressaltos" indesejáveis.Depois,
referiu que "para a semana haverá mais um momento de reflexão sobre a
renovação do estado de emergência e, portanto, haverá uma sessão
epidemiológica e haverá a audição dos partidos políticos e haverá uma
decisão sobre essa renovação". "Se me
perguntam o que eu mais desejaria, eu desejaria que fosse a última
renovação do estado de emergência, coincidindo com o fim do mês de
abril. Verdadeiramente, era a minha vontade e penso que é a vontade de
todos os portugueses", afirmou.O
Presidente da República decretou o estado de emergência em pela 14.ª vez
no atual contexto de pandemia de covid-19 em 25 de março, com efeitos
entre 01 e 15 de abril. Uma próxima renovação por mais 15 dias irá
vigorar entre 16 e 30 de abril."Para a
semana temos mais números e vamos ver se corre bem até esse momento de
decisão e se depois correm bem os 15 dias seguintes, porque isso
significaria correr bem o mês de abril e podermos entrar em maio numa
outra onda, uma boa onda - não é uma quarta vaga negativa, era uma boa
onda, uma onda positiva. Vamos ver", acrescentou.No
seu entender, "a grande maioria" dos portugueses "percebeu porquê o
estado de emergência e porquê o confinamento e os resultados obtidos" e
agora quer "que o desconfinamento corra bem e se passe a uma fase nova".
Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que após
semanas de confinamento muita gente tenha vontade de "estar mais tempo
nas esplanadas, conviver mais, em grupos mais próximos e mais intensos",
mas deixou um apelo: "Têm de pensar duas vezes no que isso significa,
nas consequências, num mês que é tão decisivo".Relativamente
às escolas, disse esperar que os casos de covid-19 detetados no
processo de testagem sejam localizados, "sem uma difusão social
assinalável".Antes de visitar este centro
social, o Presidente da República esteve na Unidade de Saúde Familiar
(USF) da Baixa que, assinalou, "serve 94 nacionalidades, é talvez
recorde a nível nacional" e que apontou como exemplo de inclusão social e
cultural."Ali há um projeto chamado
prescrição social que é um projeto precisamente de integração da saúde
na sociedade", destacou o chefe de Estado.No
Centro Social Polivalente de São Cristóvão e São Lourenço, Marcelo
Rebelo de Sousa distribuiu algumas refeições e conversou com três
utentes do centro de dia, que reabriu nesta semana, já vacinadas contra a Covid-19."É assim que se deve funcionar, a
saúde ligada ao acolhimento e ao apoio social e a olhar para as
necessidades sociais", defendeu. No Dia
Mundial da Saúde, o Presidente da República apontou como "passos
positivos" registados em Portugal neste setor o aumento da esperança de
vida e o aumento do número de mulheres a exercer medicina.