Marcelo defende que governabilidade deve estar ao serviço do combate à pobreza

9 de out. de 2015, 18:43 — Lusa/AO Online

  "Considero essencial que haja, como nas democracias mais avançadas, convergências alargadas sobre aspetos fundamentais de regime e que não há desenvolvimento, nem justiça, nem mais igualdade com governos a durarem seis meses ou um ano", afirmou. Segundo Marcelo, que discursava em Celorico de Basto, onde tem raízes familiares, a "ingovernabilidade crónica e sem um horizonte" não permite "aos governados perceber aquilo com que podem contar no quadro da composição parlamentar". "A estabilidade e governabilidade têm de estar ao serviço do fim maior e o fim maior na política é o combate à pobreza, a luta contra as desigualdades, é a afirmação da justiça social", defendeu. O candidato acrescentou estar "consciente de como Portugal tem de sair claramente de um clima de crise financeira, económica e social, pesada e injusta, que já durou tempo demais". Marcelo falou também do "sentido nacional que apela ao espírito de convergência, porque ninguém se salva sozinho". "É preciso construir pontes e não criar ou manter fortalezas ou barreiras", declarou. Depois de recordar o seu trajeto político, nomeadamente a experiência como autarca em vários concelhos do país e de conselheiro de Estado de dois Presidentes da República, destacou o papel que desempenhou quando foi líder do PSD. "Liderei o meu partido no começo de uma difícil travessia no deserto e viabilizei três Orçamentos do Estado a pensar no interesse nacional, permitindo a um Governo minoritário que durasse quatro anos, que nessa e várias outras ocasiões trabalhei por diálogo e tolerância", disse.