Marcelo defende que "2021 terá de ser o ano do início da reconstrução social"
Covid-19
14 de abr. de 2021, 19:51
— Lusa/AO Online
Numa comunicação ao país, a partir
do Palácio de Belém, em Lisboa, após decretar pela 15.ª vez o
estado de emergência em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa considerou
que "o desconfinamento cria a sensação de alívio definitivo",
mas que "o caminho que se segue ainda vai ser muito trabalhoso".
O chefe de Estado disse que ainda "vai
dar trabalho na pandemia, sobretudo nas áreas em situação mais
crítica", e "vai dar trabalho nos números da economia".
"Embora saibamos que houve
indústria, agricultura, algum comércio e serviços que não
pararam, como houve o Estado a suportar emprego rendimentos de muitos
portugueses", referiu.
No entanto, segundo Marcelo Rebelo de
Sousa, "mais complicado do que os números da economia é a
situação das pessoas", porque se "a economia demorará a
dar os passos da reconstrução, a sociedade demorará muito mais".
O Presidente da República salientou
que o atual contexto deixou "marcas na vida pessoal, familiar e
profissional" e provocou um "agravamento da pobreza, das
desigualdades, das injustiças".
"Se 2020 foi o ano da luta pela
vida e pela saúde, 2021 terá de ser o ano do início da
reconstrução social, sustentada e justa, em que não basta que as
pessoas devam ser o centro da justiça, do direito, das finanças, da
economia, da política, o centro, têm de sentir que verdadeiramente
o são", acrescentou.