Marcelo declara apoio ao Governo na "tarefa comum" de acabar com sem-abrigo até 2023
19 de nov. de 2019, 18:07
— Lusa/AO Online
Em declarações
aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, com a ministra do
Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, ao
seu lado, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que este foi "um ano de
transição entre dois planos de ação", para 2017-2018 e para 2019-2020, o
que "tem sempre um custo no período de arranque"."O
grande desafio é, no ano de 2020, tomar aquilo que existe de meios, de
recursos disponíveis, mais outros, de outras instituições, e atingir
metas que permitam avançar para a meta de 2023", defendeu o chefe de
Estado reiterando que até essa data Portugal deve resolver totalmente
este problema.O Presidente da República
argumentou que "a meta de 2023 tem uma lógica", porque "corresponde ao
fim da legislatura que agora começa", e afirmou: "Portanto, a ideia é
tudo fazer para que quem quiser possa ter condições para sair da
situação de sem-abrigo. É esse o compromisso social traduzido num
empenhamento social ao longo dos próximos quatro anos".De
acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, depois de "um ano de transição", o
Plano de Ação 2019-2020 vai entrar "em velocidade cruzeiro no início do
ano de 2020". "E para 2020 surgiram aqui
ideias, propósitos, modificações, aperfeiçoamentos, que eu penso que
poderão ser muito importantes para se chegar a uma meta que é no fundo
desejada por todos os portugueses", considerou.O
chefe de Estado promoveu esta reunião para se fazer um ponto de
situação do Plano de Ação 2019-2020 da Estratégia Nacional para a
Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo 2017-2023, com
representantes do Governo, da Câmara Municipal de Lisboa e de várias
associações que atuam nas ruas da capital do país, cujo trabalho quis
"agradecer e louvar"."Hoje falámos do
país, mas sobretudo de Lisboa. Haverá uma reunião idêntica no dia 05 de
dezembro no Porto e outras noutros pontos do país", adiantou. Após
reiterar que este problema deve ser resolvido até 2023, Marcelo Rebelo
de Sousa apontou a habitação, a saúde e a reinserção social e
profissional das pessoas sem-abrigo como três "áreas muito sensíveis e
prioritárias" de atuação."A quarta ideia
que vos deixo é do apoio que o Presidente da República ao Governo, para
além do apoio a todas as instituições também aqui presentes",
acrescentou."Especificamente, o apoio do
Presidente da República ao Governo nesta tarefa comum, que não é a
tarefa de um partido, não é tarefa de um grupo, não é tarefa de nenhuma
personalidade, é uma tarefa coletiva. Difícil, mas não impossível. E
todos os dias se tem de trabalhar para, sabendo que é difícil, converter
em mais possível do que no dia anterior, no mês anterior, nos anos
anteriores", completou. Marcelo Rebelo de
Sousa frisou a mensagem de que esta "não é uma bandeira do Presidente da
República, é a bandeira de Portugal, portanto, é a bandeira do
Presidente, é do parlamento, é do Governo, é dos municípios, é da
sociedade civil, é de todos". Participaram
nesta reunião a ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança
Social, Ana Mendes Godinho, a secretária de Estado da Ação Social, Rita
Mendes, e representantes da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, da
Câmara Municipal de Lisboa, da Associação para o Estudo e Integração
Psicossocial, do Centro de Apoio ao Sem Abrigo, da Associação Crescer,
da Associação Médicos do Mundo e da Comunidade Vida e Paz.