Marcelo convida orquestra que aposta na inclusão social para ir a Belém
27 de out. de 2017, 16:22
— Lusa/AO online
No final do concerto, no Arquipélago - Centro
de Artes Contemporâneas, na Ribeira Grande, Marcelo Rebelo de Sousa
afirmou ter ficado "muito surpreendido", salientando a "missão social
muito importante" do projeto, num "concelho com grandes problemas
económicos e sociais", que é "uma via de inclusão, de integração de
jovens pela música". Para o chefe de Estado, este é, "realmente, um exemplo muito sugestivo e muito impressionante, até pela qualidade". Após
o concerto, que aplaudiu fortemente, Marcelo Rebelo de Sousa, atirou:
"Estão convidados para ir tocar ao Palácio de Belém [residência oficial
do Presidente da República]". A orquestra ÉSMUSICA.RP assenta num
modelo de formação musical com cariz de intervenção social para levar a
música às crianças de Rabo de Peixe, num sentido de "valorização e
enriquecimento pessoal". Atualmente é composta por cerca de 30
elementos, entre alunos, dos 6 aos 20 anos, e professores que
regularmente desenvolvem um trabalho de iniciação ao jazz. À
agência Lusa, o maestro, Carlos Mendes, explicou que este projeto passa
pela "música vista na perspetiva de trabalho pela inclusão social". "A
arte pela inclusão social e, portanto, é isso que talvez marque a
diferença e a abordagem de vários tipos de linguagem", declarou,
salientando que a comunidade de Rabo de Peixe "reconhece que é um
trabalho que tem um impacto bastante positivo junto dos jovens com quem
trabalha". Para Carlos Mendes, "a arte pode ser, quando utilizada a favor da formação e da inclusão, pode fazer toda a diferença". A
Escola de Música de Rabo de Peixe foi criada em novembro de 2001, como
parte do plano de intervenção específica para esta freguesia, iniciativa
do Governo Regional dos Açores. Começou com 20 alunos e já abrangeu algumas centenas. Rabo
de Peixe, na costa norte da ilha de São Miguel, tem cerca de 9.700
habitantes e constitui uma das principais comunidades piscatórias
açorianas. Antes de assistir ao concerto, Marcelo Rebelo de Sousa
visitou o Centro de Artes Contemporâneas, projeto que nasceu numa
antiga fábrica de álcool e já foi por diversas vezes premiado. Inaugurado
em 2015, o Arquipélago possui uma coleção do século XXI, que começou a
ser construída em 2009 a partir de obras adquiridas nos mercados
nacional e internacional, às quais se acrescentaram obras de artistas
açorianos propriedade da Direção Regional da Cultura. Pelas 15:30
locais (mais uma hora em Lisboa), ainda no Centro de Artes
Contemporâneas, o chefe de Estado almoçava com jovens dirigentes de
associações juvenis dos Açores, num almoço para dar a conhecer a nova gastronomia açoriana, preparado e serviço pela Escola de Formação Turística e Hoteleira.