Marcelo considera que alternativa de direita está "em construção"
Presidenciais
12 de dez. de 2020, 12:57
— AO Online/ Lusa
Em entrevista à SIC, o Presidente da República e recandidato ao cargo foi questionado sobre a sua preocupação com a existência de uma alternativa de poder à direita e foi desafiado a comentar o estado do PSD liderado por Rui Rio."Neste momento, naturalmente que cada setor há de fazer os possíveis para que haja essa alternativa", retorquiu, evitando dar a sua opinião.Perante a insistência dos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa disse que, "olhando para as últimas sondagens, está em construção" essa alternativa, e "tem havido flutuações"."Mas o problema é o seguinte, é que hoje está óbvio, desde 2015, que o centro-direita só vai ao poder se atingir 45%", apontou, salientando que essa meta "é realmente muito exigente em termos de afirmação de um qualquer partido ou de uma coligação".Remetendo para os portugueses a possibilidade de Rui Rio vir a ser ou não primeiro-ministro, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou: "O líder da oposição está a fazer um percurso, eu ainda há pouco dizia, para ir subindo, ir afirmando".O Presidente da República ressalvou que trabalha igualmente bem com todos os governos e primeiros-ministros, sejam de esquerda ou direita.Quanto às condições para a formação de futuros executivos, reiterou que não exige acordos escritos, defendendo que o que importa é a palavra, e voltou a argumentar que em termos constitucionais não pode ser vedado o apoio parlamentar de "um determinado partido" a uma solução de Governo, numa alusão ao Chega."O Presidente da República não pode discriminar. O partido está ilegalizado? Não está. Quem é competente para ilegalizar? O Tribunal Constitucional, por iniciativa do Ministério Público", argumentou.O chefe de Estado observou uma vez mais que no exercício das suas funções "há muita coisa que faz", mas de umas "gosta mais", e de outras "gosta muito menos".