Marcelo compreende ausência de líder do PS em reunião sobre orçamento de Estado
19 de jul. de 2024, 16:16
— Lusa/AO Online
“Compreende-se
que, se não é possível uma representação ao mais alto nível, que o
líder da oposição, não estando o primeiro-ministro, se faça substituir
por alguém com peso, seu representante, e há de haver ocasiões para se
encontrarem os dois”, reagiu Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas.No
final da cerimónia de inauguração do Museu de Aristides de Sousa
Mendes, em Cabanas de Viriato, Carregal do Sal, distrito de Viseu, o
Presidente da República falou aos jornalistas sobre o facto de o
secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, não comparecer na reunião de
hoje sobre o Orçamento do Estado.“Há
vários momentos, o momento de hoje em que, infelizmente, o senhor
primeiro-ministro não pode estar por razões de saúde, mas é fundamental
que recupere, porque tem para a semana uma viagem pesada a Angola, de
vários dias, e não há nada pior que ter viagens ao estrangeiro partindo
doente”, desejou o Presidente.Marcelo
Rebelo de Sousa disse ainda, sobre a reunião de preparação do Orçamento
de Estado que, apesar da ausência do primeiro-ministro por motivos de
saúde, “nem por isso deixou de haver”.“E
acho importante que haja, um primeiro contacto, ouvindo os partidos
políticos, para começarem a dizer o que é que pensam sobre o orçamento,
mas penso que vai depois haver muitos outros encontros”, apontou.Pedro
Nuno Santos afirmou hoje de manhã aos jornalistas, à chegada a Cabanas
de Viriato para marcar presença na inauguração do Museu Aristides de
Sousa Mendes, que o PS estará presente na reunião.“O
primeiro-ministro [Luís Montenegro] não pode estar presente e,
portanto, estarei numa próxima oportunidade com o senhor
primeiro-ministro. Não há drama nenhum, não há nenhum problema”,
referiu.Segundo o secretário-geral do PS, “há um bom ambiente e boa vontade”.“O
primeiro-ministro não pode ir por razões de saúde, que nós obviamente
respeitamos. Nós não escolhemos ter problemas de saúde, antes pelo
contrário, já tive oportunidade de lhe desejar as melhoras”,
acrescentou, negando qualquer “clima de crispação”.“Nós temos todos que trabalhar”, concluiu.