Marcelo afirma não perceber quem coloca o cenário da instabilidade em Portugal
27 de set. de 2022, 09:55
— Lusa/AO Online
Esta posição foi
transmitida por Marcelo Rebelo de Sousa numa mensagem que enviou para
ser lida na sessão de abertura da VI Cimeira do Turismo Português, na
Fundação Champalimaud, em Lisboa, e que foi escutada pelo
primeiro-ministro, António Costa.O chefe
de Estado começou por referir que não pode estar presente nesta
iniciativa da Confederação do Turismo de Portugal por se encontrar em
visita oficial à costa oeste dos Estados Unidos da América.“O
mundo não volta a ser o mesmo que era antes da pandemia da covid-19 e
antes da eclosão desta guerra que ainda vivemos [na Ucrânia] e não
sabemos durante quanto tempo”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa,
referindo que não está apenas a abordar as consequências económicas e
financeiras da atual conjuntura internacional.Para
o Presidente da República, está em curso no mundo “uma mudança
geopolítica”, assistindo-se a uma “enorme incerteza, volatilidade e
imprevisibilidade”.“Mas sabemos que este
mundo valoriza mais a segurança e temos visto isso aqui em Portugal com a
recuperação do turismo. Sabemos que este mundo valoriza mais a
estabilidade política e social e temos visto essa vantagem competitiva
considerável. Não percebo, muitas vezes cá dentro, o especular-se de
forma sistemática com cenários de instabilidade”, apontou Marcelo Rebelo
de Sousa.Na perspetiva do chefe de
Estado, “quando se chega lá fora, o que é admirado é precisamente a
segurança e a estabilidade, que não têm e que procuram em Portugal,
procuram no turismo clássico e procuram para viver”.“Temos
de saber antecipar o futuro é isso que a Confederação do Turismo de
Portugal tem feito de forma persistente. Quando tantas instituições
estão em degradação, esta confederação aguenta firme, não desiste,
resiste e progride para o futuro”, sustentou, antes de evidenciar a
preponderância da atividade do turismo na economia está a aumentar.“Antes
da pandemia havia quem achava que tínhamos turismo a mais, que se devia
deitar fora o turismo. Ora, sem o turismo não teríamos registado a
rapidez da recuperação económica no final do ano passado e já este ano
em que as projeções são aquelas que são. O turismo continua a ser um dos
motores da economia portuguesa e uma atividade estratégica nacional”,
acrescentou.