Maratona negocial de pescas com resultado bastante favorável para Portugal
13 de dez. de 2017, 08:38
— Lusa/AO Online
“Os resultados
deste conselho, face às expectativas, são bastante favoráveis”, disse a
ministra aos jornalistas, exemplificando com o biqueirão – uma espécie
com elevado valor comercial – “onde havia uma proposta de redução de
20%” e foi conseguida a manutenção” das quotas de pesca para o próximo
ano.As
capturas de pescada em águas nacionais sofre um corte de 12%, acima dos
30% inicialmente propostos por Bruxelas e as capturas de carapau são
reduzidas em 24%, sendo que em nenhuma das espécies a quota é atingida
pelos pescadores portugueses.Ana
Paula Vitorino destacou a boa cooperação com a sua homóloga espanhola,
Isabel Tangerina, nas negociações, salientando que os dois países
trabalharam “de uma forma muito próxima”.Em
águas nacionais, vão aumentar, em 2018, as possibilidades de pesca de
raias (15%), lagostins (13%) e areeiros (19%), mantendo-se as quotas de
julianas, solhas, ligados e tamboris.A
quota de pescada cai 12% e a do carapau 24%, podendo ser revista em
função dos pareceres científicos, tendo a ministra destacado que, ainda
assim, estão acima do que é efetivamente capturado pelos pesqueiros
portugueses.“É
evidente que todos nós gostaríamos de ter muito mais mas houve uma
redução global dos totais admissíveis de capturas a nível europeu”,
destacou.Ana
Paula Vitorino salientou ainda que quer Portugal, quer Espanha
apresentaram fundamentação científica para as contra propostas
apresentadas, garantindo que todas as espécies estão dentro do
rendimento máximo sustentável.Os
ministros das Pescas da União Europeia chegaram esta madrugada a acordo
para os totais admissíveis de capturas e quotas para 2018, após mais de
20 horas de uma negociação que se iniciou às 10:00 de terça-feira
negociação em Bruxelas (09:00 em Lisboa).