Manchester City prescinde de 'lay-off' que cinco clubes ingleses usaram
5 de abr. de 2020, 17:40
— AO/LUSA
“Podemos confirmar, após uma decisão do presidente e do conselho de administração na semana passada, que o Manchester City não usará esse programa do governo, que foi criado por causa do coronavírus", assegura o clube.O campeão da Europa em título e líder isolado da Liga inglesa, o Liverpool, bem como o Tottenham, de José Mourinho, o Newcastle, o Norwich e o Bournemouth anunciaram nos últimos dias que colocaram em ‘lay-off’ os seus funcionários, excetuando os futebolistas.Nas medidas implementadas, o governo paga 80% dos salários até um teto máximo de 2.500 libras (cerca de 2.840 euros) por mês, com o clube a complementar o remanescente para um salário pago na sua totalidade.O uso deste instrumento por parte de alguns clubes de elite ricos, como Liverpool, que anunciou em fevereiro lucros antes dos impostos de 47 milhões de euros na época 2018/19, motivou duras críticas, incluindo dos seus antigos jogadores Jamie Carragher e Stan Collymore.A antiga glória do futebol inglês Gary Lineker foi especialmente crítico, dizendo que os clubes deveriam ajudar prioritariamente os seus funcionários, uma vez que os futebolistas já ganham “muito dinheiro”.O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 65 mil. Dos casos de infeção, mais de 233 mil são considerados curados.Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.O continente europeu, com cerca de mais de 642 mil infetados e mais de 47 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos.