Malhão terá uma palavra final naquilo que o 'crono' definir
Volta ao Algarve
14 de fev. de 2022, 13:07
— Lusa/AO Online
De regresso às ‘suas’ datas no
calendário, depois de no ano passado ter decorrido no início de maio
devido à pandemia de covid-19, a ‘Algarvia’ recuperou o seu modelo
habitual, embora com ‘roupagens diferentes’, quer pelas ‘abordagens’
distintas das subidas ao alto da Fóia (Monchique) e do Malhão (Loulé),
quer pelo contrarrelógio de 32,2 quilómetros, uma distância mais
vocacionada para especialistas do que as duas dezenas de quilómetros de
luta contra o cronómetro das edições anteriores.Na
quarta-feira, a zona ribeirinha de Portimão acolherá a apresentação das
equipas e as primeiras pedaladas da 48.ª Volta ao Algarve, que levarão
os corredores a percorrer 199,1 quilómetros até Lagos, onde se espera
uma disputa ao ‘sprint’.A seleção da geral
da única prova do calendário português da categoria UCI ProSeries
iniciar-se-á logo no dia seguinte, na segunda etapa, que começa em
Albufeira e termina, depois de cumpridos 182,4 quilómetros, na Fóia,
ponto mais alto do Algarve, com a meta a coincidir com um prémio de
montanha de primeira categoria, onde os ciclistas chegarão após 7,1
quilómetros a subir com uma pendente média de 6,8%.A
ascensão final terá, contudo, uma aproximação diferente das edições
anteriores: em vez da Pomba, os corredores terão de escalar a Picota,
uma contagem de segunda categoria de 9,3 quilómetros, com inclinação
média de 5,5%, e que dista 7,4 quilómetros do sopé da Fóia. A
terceira tirada, a mais longa desta edição, arranca no Alentejo, em
Almodôvar, e estende-se por uns ‘imensos’ 211,4 quilómetros, até Faro,
cidade que já não recebia uma chegada da Volta ao Algarve desde 2008 e
que deverá proporcionar o segundo frente a frente entre ‘sprinters’.Mas
é à quarta etapa que os ciclistas das 25 equipas participantes
encontrarão a maior novidade em relação aos anos anteriores: o
contrarrelógio mais extenso desde 2013, que marca também o regresso ao
percurso da corrida de Vila Real de Santo António (já não recebia uma
partida de etapa desde 2009), ponto inicial do exercício que terminará
em Tavira e que poderá 'cavar' grandes e irrecuperáveis diferenças entre
os candidatos à geral.O sucessor do
algarvio João Rodrigues (W52-FC Porto), o vencedor da edição de 2021,
será encontrado no domingo, no final dos 173 quilómetros da quinta e
última etapa, que vai ligar Lagoa e o alto do Malhão, onde está
instalada uma contagem de montanha de segunda categoria.Num
percurso ‘rompe-pernas’, os sobreviventes do pelotão vão enfrentar uma
dupla escalada ao Malhão, a primeira a 24 quilómetros da meta e a
segunda coincidindo com o final da etapa, com a mais emblemática subida
da ‘Algarvia' a coroar, tal como no ano passado, o vencedor da geral.