“Já temos mais de mil assinaturas, vamos continuar nas próximas semanas a recolher e vamos intensificar junto das freguesias", disse hoje à agência Lusa Dejalme Vargas, porta-voz do grupo de cidadãos que reclamam a ampliação do aeroporto da Horta e melhor serviço da transportadora aérea açoriana SATA.

O objetivo passa por recolher “entre as três e as cinco mil assinaturas”, uma missão que Dejalme Vargas considera ser possível, “tendo em conta o nível de insatisfação que existe”.

Segundo o responsável, essa insatisfação ficou provada "nas eleições legislativas regionais”, com o PS, partido que suporta o executivo açoriano, a perder para o PSD a ilha do Faial.

“Todos os dias aparecem pessoas que querem assinar, até do continente e do estrangeiro. Ao nível das comunidades açorianas sei que já encheram umas seis folhas, porque as pessoas fora da região sentem que vir aos Açores é caro, é sempre um problema porque têm de pernoitar em São Miguel e na Terceira para chegarem às outras sete ilhas”, disse.

A organização do abaixo-assinado, denominado “A favor do aeroporto da Horta e de mais e melhores acessibilidades aéreas ao Faial”, quer entregar o documento na primeira sessão plenária da Assembleia Legislativa após a tomada de posse do novo Governo Regional.

“É um desafio que não está fora de hipótese, no dia da entrega do abaixo-assinado, encher as galerias e mostrar a quem nos governa que agora é para implementar as zonas de segurança na pista da aeroporto da Horta” e melhorar os “serviços da Azores Airlines [que assegura as ligações do arquipélago para o exterior] aos faialenses”, sublinhou.

No documento constam as mesmas reivindicações que motivaram uma manifestação, com a presença de cerca de 400 pessoas, no dia 07 de setembro, junto à sede do parlamento regional, na Horta.

Entre os pedidos está a ampliação da pista do aeroporto da Horta, em cerca de 240 metros para cada lado, para zonas de segurança, de forma a poder cumprir as exigências do ICAO, o regulador internacional da aviação civil.

Os subscritores pedem, também, a implementação do projeto RISE, que “possibilita a aproximação com mais baixa visibilidade” e que “vai reduzir os cancelamentos na Horta que são quase sempre por nuvens baixas”.