Mais de metade dos eleitores optou por votar em mobilidade
Europeias
12 de jun. de 2024, 16:03
— Lusa/AO Online
“Na eleição para o
Parlamento Europeu do passado domingo registaram-se 3.948.530 votantes
(36,6% dos recenseados), tendo 2.220.917 (56,2% dos votantes) optado
pelo exercício do voto na modalidade em mobilidade e 1.727.613 optado
por votar na sua mesa de recenseamento”, refere o MAI, em resposta à
Lusa. Os valores incluem os votos
antecipados em mobilidade e todos os eleitores que não exerceram o seu
direito na mesa onde se encontravam recenseados, adiantou a mesma fonte.
Os números avançados são ainda
provisórios e estão a ser atualizados com base na votação no
estrangeiro, faltando ainda alguns consulados por apurar. Pela
primeira vez, e por a eleição europeia ser de círculo único, foi
possível votar em qualquer mesa de voto no país ou no estrangeiro,
bastando apresentar o documento de identificação civil. A operação
exigiu a desmaterialização dos cadernos eleitorais. O
MAI não dispõe ainda dos dados da votação em mobilidade por
distribuição geográfica e remeteu para o que está previsto na lei que
criou este regime excecional, ou seja, será a Comissão Nacional de
Eleições (CNE) a fazer o relatório sobre o voto em mobilidade, no prazo
de três meses. A mesma lei prevê que a
secretaria-geral do MAI contratará uma auditoria para avaliar a
robustez, segurança e fiabilidade do sistema de cadernos eleitorais
desmaterializados e remeterá ao Governo, ao parlamento e à CNE os
resultados, no prazo de seis meses após a eleição. As eleições para o Parlamento Europeu realizaram-se no domingo, dia 10 de junho, para eleger 21 deputados portugueses. Estavam
recenseados 10,8 milhões de eleitres e a taxa de abstenção registada no
domingo foi de 63%, ainda segundo os dados provisórios.