Mais de 600 peças em núcleo museológico que almeja nova vida em São Miguel
O núcleo museológico dos Fenais da Luz reúne mais de 600 peças antigas doadas, consistindo num espaço que pretende dinamizar a sua ação no transportar dos visitantes para uma viagem na história da freguesia de Ponta Delgada.

Autor: Lusa / AO online


Uma das áreas centrais do núcleo "é a caracterização das atividades típicas da freguesia, a pesca, a agricultura e as vindimas", disse o presidente da Associação do Núcleo Museológico dos Fenais da Luz, Victor Dias, à agência Lusa.

Com 7,67 quilómetros quadrados de área e com cerca de dois mil habitantes, a freguesia orgulha-se de ter um espaço museológico, mas a associação, criada há quatro meses, quer dinamizar aquele núcleo para projetar a freguesia e atrair turistas.

"O núcleo está a desenvolver um protocolo com o Museu Carlos Machado, na cidade de Ponta Delgada, que permite adquirir conhecimentos junto daquela instituição. Vamos etiquetar as várias peças e dar uma projeção maior ao espaço", explicou o responsável, acrescentando que a ideia é também realizar no imóvel atividades culturais, adiantando que este mês já foi realizada uma oficina de vimes.

Outra das prioridades é a conservação dos bens que existem no núcleo, mais de 600 objetos que divulgam o património antigo e a vivência da freguesia, alguns doados e outros adquiridas pelo anterior executivo da Junta de Freguesia.

Os visitantes quando entram no espaço museológico quase regressam ao passado e podem observar um barco de pesca, as lanternas, utensílios usados pelos pescadores, alguns objetos da agricultura ou ainda a réplica de um moinho de milho, salientou.

"Todos os elementos expostos representam estas atividades da freguesia, mas há ainda a recriação de uma casa antiga com um quarto de cama, uma sala de jantar e um forno", adiantou Victor Dias, referindo que o núcleo foi reaberto em 2015 e era uma gestão da Junta de Freguesia, mas está sob a alçada da associação.

O espaço museológico ocupa um imóvel antigo em pedra de lavoura junto à costa.

As visitas só podem ser realizadas por marcação prévia através da página do núcleo na rede social 'facebook' ou Junta de Freguesia, mas o objetivo é ter o espaço aberto diariamente.

"Não é muito comum uma freguesia ter um núcleo museológico com variadíssimas peças. Todo o património é da junta que cedeu o edifico e os bens à associação, que quer potenciar o espaço", frisou.