Autor: Lusa / AO online
Em 1998, ano em que foi inaugurada, a média de tráfego diário rondava os 37 mil veículos, tendo subido para 60 mil dez anos depois.
A velhinha Ponte 25 de Abril, inaugurada em 1966, continua a registar uma média diária muito superior à da Ponte Vasco da Gama, com um tráfego médio diário de 160 mil veículos por dia em 2007, segundo dados avançados à agência Lusa pela Lusoponte.
“Nos últimos dez anos a ponte foi atravessada por 210.234 mil veículos”, disse Teresa Oliveira, da Lusoponte, adiantando que o volume de tráfego está “praticamente estagnado” desde 2004.
Questionada pela Lusa se estes números correspondem às expectativas e se justificaram o investimento feito, Teresa Oliveira explicou que em relação ao acordado inicialmente entre o Governo e a Lusoponte “sim", mas "em relação ao que foi negociado em 2000 está 30 por cento abaixo”.
“Até agora estamos dentro das expectativas dos accionistas, mas essa avaliação só pode ser feita no final da concessão, em 2030”, sustentou.
Cerca de um ano depois de ter sido inaugurada, a 29 de Março de 1998, o tabuleiro da ponte tornou-se uma “pista” para alguns automobilistas que ali experimentavam velocidades excessivas nos seus carros, que podiam chegar aos 280 quilómetros/hora.
Quase uma década depois, as corridas ilegais de automóveis passaram de uma actividade regular a casos “esporádicos” devido à intensificação da fiscalização da Brigada de Trânsito da GNR, disse à Lusa o major Lourenço da Silva.
“Neste momento estamos numa fase de calmaria, o problema foi minimizado”, adiantou o major Lourenço da Silva, ressalvando que “uma vez por outra ainda pode acontecer” um caso.
A Lusa solicitou dados à Brigada e Trânsito sobre os acidentes ocorridos na ponte e as infracções detectadas na última década na Ponte Vasco da Gama, dados que segundo o responsável da GNR não são possíveis de contabilizar porque a ponte faz farte do percurso da auto-estrada Setúbal/Montijo (A12).
“Não é possível distingui-la das outras vias”, sublinhou o responsável.
A decisão de construir uma nova travessia do Tejo foi tomada pelo Governo de Cavaco Silva em 1991 e logo surgiu a primeira polémica: a localização da infra-estrutura.
Os cenários eram três: o corredor poente Restelo/Trafaria, o corredor central Chelas/Barreiro, uma ponte rodo-ferroviária, e o corredor nascente Sacavém/Montijo.
O corredor central Chelas/Barreiro defendido pela grande maioria de especialistas e políticos da oposição de então e ainda pelos membros do Governo de Cavaco Silva Valente de Oliveira (Planeamento) e Carlos Borrego (Ambiente) foi preterido a favor de Sacavém/Montijo pelo ministro das Obras Públicas Ferreira do Amaral, apoiado por Cavaco Silva.
A par desta opção, Ferreira do Amaral lançou também o projecto de instalação do comboio na Ponte 25 de Abril e o alargamento para seis faixas do tabuleiro rodoviário para reduzir o tráfego automóvel naquela via.
Entretanto, o Governo criou o GATTEL (Gabinete da Travessias do Tejo em Lisboa), que concebeu a travessia, suportou tecnicamente a opção e acompanhou toda a construção.
As questões de protecção ambiental também foram asseguradas durante a construção, tendo sido criada uma comissão de acompanhamento da obra, no âmbito do Ministério do Ambiente.
A Lusoponte criou, por seu turno, o Centro de Estudos de Monitorização Ambiental (CEMA), que congregou especialistas das diversas áreas, incluindo a qualidade de água e do ar, a flora e a fauna, vida marinha e das aves, arqueologia e ruído.
Em Fevereiro de 2005, arrancavam os trabalhos para a construção da ponte que envolveram 3.300 trabalhadores de diversas especialidades.
Três anos depois e dois meses antes da abertura da Expo/98 era inaugurada numa sessão com grande pompa a maior ponte da Europa e uma das maiores obras de engenharia civil do século XX com 17,2 quilómetros e constituída por 100 mil toneladas de aço e 730 mil toneladas de betão.
Na sua história, fica a morte de onze pessoas durante a sua construção, entre elas duas crianças que brincavam numa vala com água e sem rede de protecção no local das obras e seis homens num acidente com um carrinho de avanço que caiu da ponte principal, de uma altura de 45 metros.
A velhinha Ponte 25 de Abril, inaugurada em 1966, continua a registar uma média diária muito superior à da Ponte Vasco da Gama, com um tráfego médio diário de 160 mil veículos por dia em 2007, segundo dados avançados à agência Lusa pela Lusoponte.
“Nos últimos dez anos a ponte foi atravessada por 210.234 mil veículos”, disse Teresa Oliveira, da Lusoponte, adiantando que o volume de tráfego está “praticamente estagnado” desde 2004.
Questionada pela Lusa se estes números correspondem às expectativas e se justificaram o investimento feito, Teresa Oliveira explicou que em relação ao acordado inicialmente entre o Governo e a Lusoponte “sim", mas "em relação ao que foi negociado em 2000 está 30 por cento abaixo”.
“Até agora estamos dentro das expectativas dos accionistas, mas essa avaliação só pode ser feita no final da concessão, em 2030”, sustentou.
Cerca de um ano depois de ter sido inaugurada, a 29 de Março de 1998, o tabuleiro da ponte tornou-se uma “pista” para alguns automobilistas que ali experimentavam velocidades excessivas nos seus carros, que podiam chegar aos 280 quilómetros/hora.
Quase uma década depois, as corridas ilegais de automóveis passaram de uma actividade regular a casos “esporádicos” devido à intensificação da fiscalização da Brigada de Trânsito da GNR, disse à Lusa o major Lourenço da Silva.
“Neste momento estamos numa fase de calmaria, o problema foi minimizado”, adiantou o major Lourenço da Silva, ressalvando que “uma vez por outra ainda pode acontecer” um caso.
A Lusa solicitou dados à Brigada e Trânsito sobre os acidentes ocorridos na ponte e as infracções detectadas na última década na Ponte Vasco da Gama, dados que segundo o responsável da GNR não são possíveis de contabilizar porque a ponte faz farte do percurso da auto-estrada Setúbal/Montijo (A12).
“Não é possível distingui-la das outras vias”, sublinhou o responsável.
A decisão de construir uma nova travessia do Tejo foi tomada pelo Governo de Cavaco Silva em 1991 e logo surgiu a primeira polémica: a localização da infra-estrutura.
Os cenários eram três: o corredor poente Restelo/Trafaria, o corredor central Chelas/Barreiro, uma ponte rodo-ferroviária, e o corredor nascente Sacavém/Montijo.
O corredor central Chelas/Barreiro defendido pela grande maioria de especialistas e políticos da oposição de então e ainda pelos membros do Governo de Cavaco Silva Valente de Oliveira (Planeamento) e Carlos Borrego (Ambiente) foi preterido a favor de Sacavém/Montijo pelo ministro das Obras Públicas Ferreira do Amaral, apoiado por Cavaco Silva.
A par desta opção, Ferreira do Amaral lançou também o projecto de instalação do comboio na Ponte 25 de Abril e o alargamento para seis faixas do tabuleiro rodoviário para reduzir o tráfego automóvel naquela via.
Entretanto, o Governo criou o GATTEL (Gabinete da Travessias do Tejo em Lisboa), que concebeu a travessia, suportou tecnicamente a opção e acompanhou toda a construção.
As questões de protecção ambiental também foram asseguradas durante a construção, tendo sido criada uma comissão de acompanhamento da obra, no âmbito do Ministério do Ambiente.
A Lusoponte criou, por seu turno, o Centro de Estudos de Monitorização Ambiental (CEMA), que congregou especialistas das diversas áreas, incluindo a qualidade de água e do ar, a flora e a fauna, vida marinha e das aves, arqueologia e ruído.
Em Fevereiro de 2005, arrancavam os trabalhos para a construção da ponte que envolveram 3.300 trabalhadores de diversas especialidades.
Três anos depois e dois meses antes da abertura da Expo/98 era inaugurada numa sessão com grande pompa a maior ponte da Europa e uma das maiores obras de engenharia civil do século XX com 17,2 quilómetros e constituída por 100 mil toneladas de aço e 730 mil toneladas de betão.
Na sua história, fica a morte de onze pessoas durante a sua construção, entre elas duas crianças que brincavam numa vala com água e sem rede de protecção no local das obras e seis homens num acidente com um carrinho de avanço que caiu da ponte principal, de uma altura de 45 metros.