Mais de 2.500 farmácias aderiram à campanha de vacinação
19 de set. de 2024, 12:02
— Lusa/AO Online
Na
véspera de arrancar a campanha de vacinação outono-inverno de
2024-2025, Ema Paulino realçou à agência Lusa o reforço do número de
farmácias participantes relativamente ao ano passado, em que
participaram 2.494, e o alargamento da cobertura no país.“[Na
campanha anterior] tínhamos estado em praticamente todos os concelhos
do país, aproximadamente 99% dos concelhos, este ano, se não chegarmos
aos 100%, estaremos lá muito perto. Portanto estamos muito satisfeitos
com a mobilização das farmácias”, salientou.As
farmácias vão funcionar em complementaridade com os centros de saúde,
administrando as vacinas a utentes entre os 60 e os 84 anos e aos seus
profissionais de saúde.Sobre como as
pessoas devem fazer para se vacinar na farmácia, a presidente da ANF
disse que “o ideal será dirigirem-se à farmácia da sua preferência e
agendar” ou serem logo vacinadas.“Há
muitas farmácias que têm o sistema montado em que a pessoa (…) pode ser
automaticamente vacinada” e há também uma plataforma de agendamento
‘online’ em que as pessoas podem agendar o dia, a hora e a farmácia que
pretendem.Questionada sobre a decisão do
Governo de os maiores de 85 anos só poderem ser vacinados nos centros de
saúde, Ema Paulino afirmou que foi uma decisão do Ministério da Saúde e
que as farmácias estão “disponíveis para participar na campanha nos
moldes que foram definidos”.“Temos um
grupo conjunto com as estruturas do Ministério da Saúde em que vamos
acompanhando as taxas de cobertura e estou certa de que, se forem
identificadas barreiras nessa população, poderão ser implementadas
oportunidades de melhoria, permitindo eventualmente que essas pessoas
também se possam vacinar nas farmácias”, adiantou.Ema Paulino realçou ainda a importância da vacinação para prevenir a doença ou evitar as suas formas graves e até mesmo a morte.“Sabemos
que existe uma maior hesitação vacinal, com algumas pessoas a recusarem
mesmo ser vacinadas”, não percecionando o risco de não serem vacinadas.Reforçou
ainda que as vacinas são “completamente seguras”, pois já foram
testadas em populações muito grandes”, havendo por isso “uma enorme
segurança associada à sua utilização”.“O
Serviço Nacional de Saúde fez um investimento em vacinas para prevenir
estas doenças e poder também assegurar uma melhor resposta dos serviços
de saúde durante o inverno”, em que existe sempre “um pico de procura”.As
farmácias comunitárias vão receber três euros por cada vacina
administrada e poderão receber mais 11 cêntimos para compensar os custos
inerentes à gestão de resíduos, desde que seja assegurada uma taxa
máxima de inutilização de doses de vacinas (1,5%), correspondente àquela
que é igualmente assegurada no contexto das entidades do Serviço
Nacional de Saúde.Segundo a Direção-Geral
da Saúde (DGS), foram adquiridas 2,1 milhões de vacinas contra a
covid-19 e 2,5 milhões de vacinas contra a gripe para Portugal
Continental (2,1 milhões dose padrão e 360 mil vacinas de dose elevada).Este
ano, a vacinação contra a gripe com dose reforçada é alargada às
pessoas com 85 ou mais anos de idade, para além das pessoas residentes
em lares de idosos, similares e rede nacional de cuidados continuados
integrados (RNCCI).O Governo vai gastar
7,6 milhões de euros com a vacinação contra a covid-19 e a gripe nas
farmácias e quer ter mais pessoas vacinadas até ao final de novembro do
que em 2023.