“Em
2017 foram registadas 15.510 subidas, o que representa um aumento de
cerca de 26% comparativamente aos 12.317 registos efetuados em 2016 na
escalada à montanha, em que se inclui também a subida ao Piquinho (70
metros acima da cratera)”, afirmou hoje o diretor regional do Ambiente,
Hernâni Jorge, à agência Lusa.Segundo
o governante, no ano passado cerca de 13.000 pessoas escalaram o
Piquinho, o que representa cerca de 90% do total das subidas à montanha,
situada no grupo central do arquipélago açoriano.O
diretor regional do Ambiente sublinhou o aumento que se tem vindo a
verificar de ano para ano nas escaladas ao ponto mais alto de Portugal
(2.351 metros de altitude), o que se deve a uma maior procura por esta
atividade e "às condições de segurança que são garantidas pelo serviço
prestado na Casa da Montanha e ainda pela existência de um sistema de
monitorização por GPS disponibilizado aos visitantes".O
diretor regional do Ambiente lembrou que desde janeiro de 2016 a Casa
da Montanha, ponto de paragem obrigatório para quem quer subir a
montanha, está aberta diariamente, o que permite um sistema de controlo
bastante efetivo das subidas.A
Casa da Montanha, a 1.200 metros de altitude, disponibiliza informação
sobre a geologia, biologia, história e clima em painéis informativos ou
em formato de vídeo que pode ser visualizado no auditório.“Os
números hoje são o reflexo real da subida à montanha e regista-se um
aumento nas escaladas. Há claramente uma procura substancialmente
crescente por aquele serviço, o que resulta em muito de uma oferta de
qualidade que é prestada pelos operadores e pelos guias de montanha que
prestam serviço de grande qualidade”, destacou. Hernâni
Jorge referiu que esta reserva natural da montanha é um dos principais
atrativos da região e em concreto da ilha do Pico. Cerca de 50% das
subidas se concentram nos meses de julho e agosto, com a maioria de
visitantes nacionais, seguindo-se os turistas alemães e franceses.O
diretor regional do Ambiente adiantou ainda que está a ser avaliada a
introdução de mais algumas limitações, designadamente no que se refere
ao limite máximo de acessos diários à montanha e no número de pernoitas
na cratera, na sequência de uma reunião com operadores e empresas de
animação turística que fazem visitas e com os guias, o que foi também
avaliado no contexto do Parque Natural do Pico.“Há
um limite máximo da presença de 30 pessoas em simultâneo no Piquinho e
futuramente estão a ser ponderadas mais algumas limitações,
designadamente um limite máximo de acessos diários e limitação no número
de pernoitas na cratera”, explicou.Segundo
o endereço eletrónico http://servicos-sraa.azores.gov.pt/gamp, que
disponibiliza informação sobre a montanha do Pico, a duração média da
subida é de cerca de três a quatro horas.A
descida também tem uma duração média de três a quatro horas, sendo
muito comuns incidentes a ver com os músculos ou articulações tanto nos
joelhos como nos pés. A montanha do Pico é um vulcão com 2.351 metros de altitude. O
seu trilho inicia-se na Casa da Montanha, a cerca de 1.200 metros de
altitude, e termina no topo da montanha. O percurso tem cerca de 3,8
quilómetros e um desnível de 1150 metros.