Maioria elogia Orçamento dos Açores e oposição critica falta de transparência
26 de nov. de 2021, 10:15
— Lusa/AO Online
O Orçamento e o Plano dos
Açores para 2022, propostos pelo executivo (PSD/CDS-PP/PPM), foram aprovados na Assembleia Regional, na Horta, com 29 votos a favor de PSD,
CDS-PP, PPM, Chega, IL e deputado independente, tendo recebido 28 votos
contra, de PS, BE e PAN.Na declaração de
voto, o socialista Vasco Cordeiro justificou o sentido de voto do PS com
“razões técnicas e razões políticas” e defendeu que o parlamento
açoriano “esteve à margem como nunca esteve” das “decisões orçamentais”.“No
fundo, a questão final é a que custo este Orçamento é aprovado.
Julgamos que o custo é demasiado alto. É o custo da transparência tendo
em conta a opacidade e a falta de transparência em que se processou todo
o quadro que levou à aprovação deste Orçamento”, declarou Vasco
Cordeiro.Também o deputado do BE António
Lima criticou o “manto de opacidade”, o “jogo de sombras” e o “pior
ataque de sempre à autonomia dos Açores” que norteou as negociações.“Este Orçamento teve um único objetivo: dar tempo ao Governo e salvar o Governo”, declarou o bloquista.Pedro
Neves, do PAN, disse que o partido votou contra porque aquele é um
“Orçamento despesista” e criticou a maioria de direita por ter reprovado
todas as propostas de alteração do PAN.O
líder parlamentar do PSD/Açores, João Bruto da Costa, afirmou que a
aprovação do Plano e do Orçamento consagra “uma alternativa a políticas
marcadas por um extremismo de esquerda empedernida”.“Aprovamos
em consenso, diálogo e concertação um Orçamento amigo das pessoas, um
Orçamento amigo das empresas, um Orçamento essencial para um futuro de
sucesso”, afirmou o social-democrata.A
líder parlamentar do CDS-PP, Catarina Cabeceiras, considerou que os
documentos aprovados foram o “Plano e Orçamento mais plurais que a
região já teve”.“Temos consciência que
muito se fez e que muito há a fazer. São tempos desafiantes e é preciso
meter as mãos ao trabalho”, apontou Cabeceiras.O
deputado do PPM Paulo Estêvão enalteceu a “maioria sólida e sem
fissuras” que suporta o executivo e criticou a “ausência de projeto
político” do PS: “os Açores necessitam de estabilidade”, afirmou o
monárquico.Nuno Barata, da IL, considerou
que aqueles não são “documentos perfeitos”, mas defendeu que vão
“permitir uma viragem de uma vez por todas naquilo que tem sido as
políticas dos últimos anos” na região.O
deputado do Chega, José Pacheco, enalteceu a importância do “diálogo” e
da “estabilidade” e disse entender a democracia como “uma caminhada que
se faz com vários parceiros”.“Da parte do meu partido, sou eu que faço as escolhas”, afirmou José Pacheco.O
deputado independente Carlos Furtado justificou o voto favorável no
Plano e Orçamento com os incentivos ao “rejuvenescimento de profissões
tradicionais”, o apoio à “fixação de profissionais de saúde” e o
“reforço de meios para práticas ambientais”.